Pedro Ribeiro

A Federação das Empresas de Transportes de Cargas do Estado do Paraná – Fetranspar, que representa mais de 20 mil empresas transportadoras de cargas, vê com preocupação o novo aumento na ordem de 8,89% no preço do óleo diesel anunciado pela Petrobrás.

O combustível que é o principal insumo que impacta nos custos do transportador, na ordem de 46%, já acumula elevação de 51% somente nos últimos 9 meses de 2021 e de 80% nos últimos doze meses.

A Federação pede para que os governos Estadual e Federal encontrem uma alternativa que não seja frequentemente ver o aumento do diesel ser repassado para o setor de transportes. É preciso tratar o tema com prioridade. A Federação lembra também que é hora do Senado e da Bancada Federal também tomar partido e defender o ‘absurdo’ que vem se vendo nas bombas.

O setor de transporte move o país que tem majoritariamente suas cargas transportadas por rodovias, e somente no estado do Paraná, é responsável por 6% do PIB estadual. “Não podemos assistir a essa inércia em relação ao aumento frequente do diesel. É preciso buscar alternativas plausíveis para esta questão que já vem se arrastando ao longo dos últimos meses tenha um desfecho favorável a sociedade como um todo”, destaca o presidente da Fetranspar e do Conselho Regional do SEST SENAT, Coronel Sérgio Malucelli.

A Federação lembra ainda que um recente estudo divulgado pela NTC&Logistica mostra que outros fatores ainda estão arrochando o setor nos últimos tempos como os juros básicos (SELIC) dos últimos seis meses que evoluíram de 2% para 8,5% (projeção para outubro/21). Os spreads bancários também subiram cerca de 2 pontos percentuais. Os preços de caminhões e implementos rodoviários aumentaram mais de 50% e a inflação setorial superou 30% no período.