Anibelli Neto é candidato à presidência do MDB com apoio de João Arruda

 

O MDB, que precisou vender sua tradicional sede da Avenida Vicente Machado, palco dos mais acirrados debates da política paranaense, para poder pagar dívidas de ações judiciárias contraídas pelo então ex-governador Roberto Requião, volta a chamar a atenção de políticos de todo o estado com eleições para a presidência do partido. O próprio Requião é candidato. O pleito acontecerá no final deste mês de julho.

O deputado Antonio Anibelli Neto é candidato e, a exemplo de Requião, inicia sua campanha pela capital e interior. Tem, como um de seus apoiadores, o ex-deputado federal e ex-presidente do MDB, João Arruda. Anibelli Neto e Arruda iniciaram suas trajetórias de vida política no MDB jovem e sempre foram fiéis à agremiação. Ambos partem para o interior em busca de apoio para mais esta jornada sempre em defesa dos interesses do partido.

“Anibelli sempre foi leal. Disputamos a primeira eleição juntos em 2010 (ele estadual e eu federal) e desde o início respeitamos a base do nosso partido, algo raro nos dias de hoje, tendo em vista que os partidos estão desmoralizados e desgastados, principalmente o nosso”, diz João Arruda.

Arruda, com larga experiência na condução da agremiação e como político que frequentou por dois mandatos a Câmara dos Deputados afirma que “liderança não se herda, se conquista, e cada vez mais o diálogo se torna necessário. Anibelli me apoiou na eleição de governador, me ajudou muito na reestruturação do MDB, enquanto fui presidente”.

Segundo Arruda, ele e Anibelli enfrentaram grandes desafios, dívidas e multas, além de jogadas políticas que tinham o objetivo de desestabilizar o partido.

Arruda lembra que o MDB tinha tido o pior resultado da sua história no Paraná. “Decidimos, juntos, que era importante a minha candidatura a prefeito de Curitiba, pois não tínhamos outra alternativa e o partido não poderia ficar de fora. Fizemos isso depois que convidamos todas as lideranças com mandato, inclusive de um ex-governador e todos se recusaram. A proposta era colocar um nome a disposição do partido pra defender um projeto pra capital. Mesmo com todas as dificuldades, aceitamos o desafio e o Anibelli ficou firme até o fim, até para apagar a luz do comitê eleitoral”, lembra o ex-presidente do partido.

Em desabafo, à época das eleições, Arruda disse que “quem já disputou uma eleição e perdeu sabe que sobram poucos, bem poucos para continuar na trajetória, principalmente para dar a volta por cima e se mobilizar para partir para uma outra disputa. Nesta eleição para prefeito, especificamente, apenas dois deputados do partido estiveram ao meu lado: o deputado Frangão e o deputado Anibelli. Espero poder retribuir um dia”.