Pedro Ribeiro
(Foto: divulgação)

Curitiba voltou a viver, nesta manhã de sábado (02), o clima da Operação Lava Jato e do “Lula Livre”, com manifestações na frente da sede da Polícia Federal da capital paranaense. Desta vez o protagonista é o então ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, que faz depoimento sobre suas acusações de que o presidente Jair Bolsonaro queria intervir na Polícia Federal para obter informações sigilosas, o que o levou a deixar o governo.

Manifestantes, em defesa de Bolsonaro e de Moro, gritavam palavras de ordem com críticas ao ex-ministro e também às ações do presidente. Momentos antes do início do depoimento, Bolsonaro chamou Moro de Judas pelas redes sociais, insinuando traição, principalmente no caso Adelio Bispo, afirmando que a investigação não foi adiante, que esquentou o clima na frente da Polícia Federal.

“Os mandantes estão em Brasília?”, questiona Bolsonaro, nas publicações. “O Judas, que hoje deporá, interferiu para que não se investigasse?”, pergunta o presidente, referindo-se a Moro.

Em entrevista à revista Veja, Sergio Moro, disse que provará suas acusações e que não admite ser chamado de mentiroso, pois tem um biografia a zelar. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, também em entrevista disse que o ex-ministro deve ter provas sobre suas acusações.

Já o também ministro do STF, Roberto Barroso, disse que não é momento para se falar em impeachment no país que vice um problema sério na área da saúde e a economia, referindo-se ao coronavírus.

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