Pedro Ribeiro
(Foto: Bruno Slompo/CMC)

Ou o novo ministro da Saúde será breve no cargo, apesar de seu malabarismo em tentar se equilibrar na corda bamba entre a Ciência e a psicopatia incurável do presidente, ou vai permanecer sabujamente na pasta com a mesma dignidade de seu antecessor, o general de personalidade carente de lógica e de logística. O novo, agora está intimado a integrar a comitiva do presidente a cidade de Chapecó ( SC), cujo prefeito defende tratamento precoce e distribui kit de medicamentos não recomendados por sanitaristas no combate ao vírus da pandemia.

A cidade vive o drama de uma das mais agravadas pela pandemia no Estado catarinense, não tem mais leitos disponíveis de UTI para tratar doentes e, segundo informações médicas, metade dos pacientes intubados também necessitam de diálise para combater insuficiência renal associada ao vírus, causada pelo uso de remédios distribuídos pelo prefeito.

Levar o ministro a tiracolo é maneira sorrateira de não admoestá-lo direta e publicamente, para não causar ruído político como fez com seu capacho fardado. Se não estiver usando máscara, será ainda mais acintoso e provocativo, desautorização pública ao que o ministro tem pedido ao País.

A questão vai ser quem vai vesti-la, de uma maneira ou de outra na metáfora da insanidade. É o País em sua normalidade.