Pedro Ribeiro
(Foto: Foto: Roberto Dziura Jr/AEN)

Tem algo de estranho na saída do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. Em uma carta com poucas palavras, o general se despede e agradece. Há, no entanto, quem afirme que o presidente Jair Bolsonaro teria pedido a saída do ministro porque o general Paulo Sergio, responsável pela área de saúde do Exército disse, em entrevista ao Correio Braziliense, que havia possibilidade de uma 3.ª onda da covid-19 no País nos próximos meses e defendeu lockdown, contrariando o que prega o presidente Bolsonaro.

Diante desta postura do general, Bolsonaro defendeu uma punição ao oficial, mas Azevedo não concordou. O presidente, então, pediu sua demissão.

Nos  bastidores das Forças Armadas a saída do ministro da Defesa foi uma surpresa. Foi surpresa também para aliados do presidente Bolsonaro. A demissão também surpreendeu militares da reserva que trabalham no gabinete do vice-presidente da República, Hamilton Mourão.

Quem também deixou o governo nesta segunda-feira (29) foi o ministro das Relações Exteriores, Erneste Araújo. Ele se reuniu com o presidente Bolsonaro e entregou seu cargo.