Pedro Ribeiro

Depois de 1 ano e 5 meses de caneladas, trapalhadas, proteção aos zeros, promessas não cumpridas e agressões contra jornalistas, o presidente Jair Bolsonaro pretende governar. Para isso, dobrou os joelhos e se entregou de corpo e alma ao Centrão o qual criticou como sendo da “velha política” do toma lá da cá. Ao invés de combater, o capitão preferiu se rendeu ao inimigo e negociar.

Volta a governar sem o chefão do combate à corrupção, sem o médico que o desafiou para salvar vidas. Volta a governar negociando cargos com as raposas do Congresso Nacional para neutralizar o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia e assim impedir impeachment. Mas tem, ainda no front, inimigos mortais togados que pretendem enquadrá-lo como dirigente democrático e não autoritário como vem se posicionando.

O presidente Bolsonaro inicia sua nova fase de governo, sempre que olho na reeleição, partilhando postos aos partidos o bloco Centrão em troca de apoio. Ressuscitando a velha prática do toma lá, dá cá. Tudo o que ele pregou contra na campanha e início do governo está indo água abaixo.

Tudo ficou acertado na terça-feira, 5, durante votação na Câmara da proposta que prevê o socorro a Estados e municípios. Ao contrário de outras ocasiões, quando impunham reveses a Bolsonaro, líderes do bloco foram ao microfone para orientar votos conforme os interesses do Executivo.

Vamos ver até quando o ex-combativo capitão vai agüentar se subordinar aos velhos políticos conhecidos por ele há mais de 30 anos, durante todo seu período de parlamentar.