Pedro Ribeiro
(Foto: divulgação)

Inflação na casa dos 10 dígitos, perto de 15 milhões de desempregados e 600 mil mortos pelo coronavírus. Estes são apenas alguns exemplos do fracasso do governo Jair Bolsonaro que vendeu a alma ao “centrão”, distribuindo dinheiro e cargos para se manter vivo no Palácio do Planalto até o final de seu mandato.

Nesta quinta-feira, o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), ao fazer uma avaliação sobre o governo central, disse que que os brasileiros estão pagando muito caro pelo descontrole da economia do País. Para ele, o aumento de 1% na taxa de juros básicos pelo Banco Central vai dificultar ainda mais a vida da população. A Selic foi a 6,25% ao ano, com viés de alta.

“Um dos instrumentos do Banco Central para conter a inflação é o aumento da taxa de juros. O problema é que o brasileiro já pagou a inflação para trás e para a frente, continuará pagando pela alta dos preços por um bom período”, avalia Romanelli. “Ou seja, retomamos o velho ciclo do povo ter que custear desmandos e descontrole da economia por incapacidade de gestão do governo federal”, afirmou.

O Banco Central elevou de 5,25% para 6,25% a taxa Selic, sustentando que há incertezas em relação à questão fiscal do País e também atribuiu a alta em razão das incertezas sobre a aprovação de reformas estruturantes. A medida tenta conter o avanço mais acelerado da inflação, mas deve ter impacto somente em 2022. Para este ano, o mercado financeiro projeta um índice inflacionário na casa de 8,5%, bem além do dobro da meta (3,5%).

A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) informa que o BC pode repetir o aumento da taxa básica de juros na próxima reunião, em outubro. “Estamos caminhando para uma recessão num momento em que o Brasil deveria estimular a retomada da economia”, avalia Romanelli. “Temos pandemia, inflação, desemprego, miséria, crise hídrica e agora, com os juros mais altos, diminuem as condições de consumo e de investimentos. Juros mais altos significam crédito mais caro”.