Pedro Ribeiro

Procurador Geral da República, Augusto Aras, jogou gasolina no fogo e deu margem para que o presidente Jair Bolsonaro turbine sua campanha à reeleição, com combate à corrupção fora da pauta.

Bolsonaro, que vem liderando as pesquisas em praticamente todos os estados, sabe que o tom da campanha não será o combate à corrupção, mas ao combate ao coronavírus, alavancagem da economia e geração de empregos.

Com o impasse entre procuradores da República na coordenação da Lava Jato, que vem perdendo força, Bolsonaro aproveitará o vácuo para reverter o fraco desempenho na área da saúde e reverter o quadro. Tem condições para isso.

O que poderá atrapalhar esta caminhada rumo à reeleição é o radicalismo do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes em relação às fake news e uso indevido das redes sociais para campanha, um dos instrumentos mais usados pelos bolsonaristas.