Pedro Ribeiro

 

O julgamento dos acusados de matarem a psicóloga Melissa Araújo, que atuava na Penitenciária de Catanduvas, no interior do Estado, foi anulado e tudo volta à estaca zero. O Conselho de Sentença foi dissolvido pela juiza Gabriela Hardt e foi motivado por documentos que não estavam anexados aos autos do processo dentro do prazo legal.

O advogado Cláudio Dalledone Júnior que representa Roberto Soriano informa que o conselho de sentença foi dissolvido depois que o MPF apresentou, no início dos debates, documentos inéditos aos jurados, o que infringe o artigo 479 do Código de Processo Penal.

NOVO JULGAMENTO 

“Infelizmente o julgamento recomeçará do zero e todos as testemunhas e réus terão que ser ouvidos novamente. De qualquer maneira, durante todas as oitavas não foi mostrado qualquer elemento de prova que corrobore a versão do delator e do MPF de que Roberto Soriano tenha sido mandante deste crime bárbaro. Ficou absolutamente comprovado que meu cliente, na época dos fatos, estava preso, incomunicável, no sistema RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) dentro da penitenciária federal de Mossoró. O que se viu foi um delator que a todo momento tentou acusar sem qualquer prova Roberto Soriano para obter benefícios com a Justiça. A defesa aguarda a nova data de julgamento, oportunidade que será comprovada a inocência de Roberto Soriano”.

Melissa Almeida (37), era psicóloga a atuava na Penitenciária Federal de Catanduvas. Ela foi assassinada no dia 25 de maio de 2017 quando chegava em casa no bairro Canadá em Cascavel. Ela estava acompanhada do marido Rogério Ferrarezi , que é policial civil e do filho, na época um bebê de dez meses. O companheiro foi baleado, e ao reagir matou um dos suspeitos. A criança não foi atingida.