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Com pedido de impeachment, Bolsonaro amplia negociação com “centrão”

Com pedido de impeachment, Bolsonaro amplia negociação com “centrão”

 Quem procura acha, diz o centenário dito popular. É justamente isto o que está acontecendo com o presidente..

Pedro Ribeiro - quinta-feira, 1 de julho de 2021 - 10:03

 

Quem procura acha, diz o centenário dito popular. É justamente isto o que está acontecendo com o presidente Jair Bolsonaro que exagerou no acobertamento de membros de sua equipe ou confiou demasiadamente, além de não levar a sério a CPI do Senado que investiga ações do governo federal contra a pandemia.

Deu no que deu. Fuçaram até encontrar suspeitas de corrupção o que imputa prevaricação e agora a um superpedido de impeachment.

Pelo acerto que fez com o “centrão”, é possível que Bolsonaro fique livre desse pedido de impeachment e a primeira reação foi do próprio presidente da Câmara Federal, Arthur Lira. Se depender dele, não haverá pedido de saída do presidente.

São várias as denúncias de supostas ilegalidades no entorno burocrático e político da compra de vacinas contra covid-19. Agora o Palácio do Planalto começa a ver vazamento de água do teto ao chão, inclusive no Congresso Nacional, ou mais precisamente na base de apoio.

Tudo isto, no entanto, não seriam motivos suficientes para um processo de impeachment, segundo avaliam políticos, juristas e cientistas políticos. Mas fica uma certeza: o governo está fragilizado e Bolsonaro sem rumo.

A ameaça ao mandato do presidente só será viabilizada se surgirem novos elementos que comprovem as denúncias de corrupção. Ao lado disso e que talvez seja o mais crucial ao presidente serão as possíveis manifestações de rua que podem ser ampliadas não apenas por força da esquerda lulopetista mas também pelos ex-correligionários de Bolsonaro que estão pulando do barco. E a direita indecisa.

Novos atos estão convocados por partidos e movimentos de centro-esquerda para sábado (03/7) e ainda não está claro se dessa vez haverá adesão de segmentos da direita.

Para que um processo de impeachment contra Bolsonaro ocorra no Senado, é necessário o aval de 342 deputados. O “superpedido” apresentado nesta quarta-feira, porém, é resultado de uma articulação anterior à escalada de denúncias contra o governo envolvendo a compra de vacinas.

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