Pedro Ribeiro
(Foto: Andrea Román/Pexels)

 

Presidente da companhia, Daniel Pimentel Slaviero participou de reunião promovida pelo Programa Oeste em Desenvolvimento no Show Rural Coopavel.

A Copel e o Programa Oeste em Desenvolvimento (POD) irão elaborar um plano de suficiência, qualidade e segurança da energia elétrica ofertada ao setor agropecuário da região Sudoeste. A decisão foi tomada em reunião do presidente da companhia, Daniel Pimentel Slaviero, com as diretorias do POD, cooperativas e empresas, no Show Rural Coopavel, em Cascavel (PR).

A proposta deverá apontar a necessidade energética de produtores rurais, cooperativas e agroindústrias para os próximos cinco anos, a partir de levantamento nos 54 municípios da região. Esse plano será elaborado por meio da Câmara Técnica de Energia Elétrica do POD, em conjunto com cooperativas, grandes empresas e sindicatos.

O estudo indicará soluções para problemas relacionados ao suprimento de energia elétrica, um dos principais insumos da atividade agropecuária. Oscilações e interrupções no fornecimento têm causado prejuízos ao setor produtivo, especialmente à produção de suínos, aves, peixes e laticínios.

“Vamos pegar o plano de desenvolvimento da Região Oeste e sua necessidade energética para os próximos cinco anos, e cruzá-lo com o nosso programa de investimentos”, explicou Daniel Pimentel Slaviero. “A Copel faz isso pensando em um crescimento do Paraná em 20 anos. Mas nós vamos focar em um projeto-piloto para cinco anos e na Região Oeste”, informou.

O presidente da estatal apontou que os problemas de fornecimento decorrem principalmente do crescimento da Região Oeste e da modernização da agroindústria. “O Oeste cresceu acima da média do estado. Reconhecemos que há espaço para melhorar e pretendemos resolver esse problema de forma estrutural”, acentuou.

Qualidade da energia elétrica

Presidente do POD, Danilo Vendruscolo explicou que o plano energético a ser apresentado à Copel e ao Governo do Paraná abordará quesitos como distribuição trifásica, qualidade da energia elétrica, rede, microgeração, entre outros pontos. Ele informou que, no próximo dia 18 de fevereiro, será realizada uma reunião de alinhamento e planejamento em Curitiba (PR).

“Quando falamos em qualidade da energia elétrica, nos referimos a quedas e oscilações. Hoje, o produtor sente esse problema”, sublinhou o presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento. “Interrupções elétricas suspendem o processo de uma indústria e, quando excedem 20 minutos, comprometem um lote de frango ou um tanque de peixe”, exemplificou.

Além da demanda enérgica dos municípios e da Região Oeste como um todo, até o ano de 2025, o levantamento coordenado pelo POD irá identificar pontos de necessidade da rede trifásica. “Nem todas as propriedades rurais demandam energia trifásica. Vamos mapear os setores que têm essa necessidade e informar no plano”, finalizou Vendruscolo.

Desenvolvimento regional

Para o presidente da Cooperativa Frimesa, Valter Vanzella, o alto desenvolvimento da Região Oeste nos últimos anos requer a revisão do sistema de fornecimento de energia para indústrias e produtores rurais. “Fico feliz porque as coisas avançaram. Quando existe intenção construtiva de todas as partes, começa a se visualizar soluções”, frisou.

Presidente do Biopark, o empresário Luiz Donaduzzi ressaltou a importância da energia elétrica de qualidade para o desenvolvimento da região. “Vai melhorar a qualidade, tanto a sua falta quanto a oscilação. O Oeste precisa de energia adequada, pois está crescendo muito, gerando empregos e impostos”, enfatizou.

Paraná Trifásico

Na agenda do POD, o presidente da Copel apresentou o Programa Paraná Trifásico, que prevê investimento de R$ 2,1 bilhões em 25 mil quilômetros de redes trifásicas para elevar a segurança energética no campo. “Esse projeto é o orgulho da companhia e será tão importante quanto a eletrificação rural implantada no estado na década de 1980”, refletiu Slaviero.

Fotos: Marcos Labanca/Grampo Comunicação