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Crise com Mandetta e congelamento de salários dos servidores

Crise com Mandetta e congelamento de salários dos servidores

 Enquanto o presidente Jair Bolsonaro ainda sente a ascenção do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e,..

Pedro Ribeiro - segunda-feira, 6 de abril de 2020 - 08:50

 

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro ainda sente a ascenção do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e, com ciúmes doentio o ameaça de demissão, o ministro da Economia, Paulo Guedes fez um alerta de risco de deflação no Brasil em função da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. Guedes afirmou  que os salários de servidores públicos não devem ser cortados.

“Há risco deflacionário, portanto, não devemos cortar salário de funcionários públicos”, disse Guedes aos parlamentares. O ministro já vem defendendo há tempos o congelamento dos vencimentos dos servidores.

No Fórum Econômico de Davos, em janeiro, disse que a iniciativa, que consta da proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, que tramita no Congresso, seria importante para controlar a situação fiscal do País, lembrou o Estadão.

Na conversa com os parlamentares, Guedes afirmou que a economia com o congelamento de salários por dois anos seria a mesma que a obtida com eventuais cortes salariais. A diferença é que não haveria o risco deflacionário.

No Congresso, ganharam força nas últimas semanas propostas de corte de salários do funcionalismo público. O próprio presidente da Câmara, deputado federal Rodrigo Maia (DEM), defendeu que todos os poderes dessem sua contribuição neste momento de crise.

Segundo o Estadão, um estudo do economista Matheus Garcia, do Movimento Livres, indica que uma redução de 30% no salário do funcionalismo federal, estadual e municipal bancaria um programa de renda mínima de R$ 200 mensais para 55 milhões de pessoas.

Na reunião deste domingo, porém, Guedes alertou para o risco de deflação. Os dados mais recentes do Banco Central mostram que, no mercado financeiro, a projeção média para o IPCA (o índice oficial de preços) para 2020 já está em 2,94%. Há pelo menos uma instituição, no entanto, que já projeta inflação de apenas 1,17% este ano e, com a redução da atividade econômica, a tendência é que as revisões para baixo continuem.

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