Demissões, novo salário mínimo, queda na arrecadação e sucessão

Perde quem apostar que o governador Ratinho Junior vai voltar atrás em relação à demissão de 417 ocupantes de cargos em comissão e de função de gestão pública de diversos órgãos do governo. Apesar de ter acompanhado as discussões e lamentações de deputados e até desembargadores, o governador não abre mão de sua decisão. Pode, no entanto, fazer uma depuração e recontratar determinadas pessoas para cargos que, efetivamente, são necessários.

Ratinho Junior pode, também, justificar as demissões apenas mostrando a planilha da Secretaria da Fazenda onde mostra que o Paraná fechou o ano mais atípico da história com queda na arrecadação, embora muitos setores da economia conseguiram superar a crise e registraram incremento nas vendas e no faturamento em 2020.

O Boletim Conjuntural Covid-19 elaborado pelas secretarias da Fazenda e do Planejamento e Projetos Estruturantes apresenta os números consolidados do ano e revela que o montante de ICMS arrecadado foi R$ 1,15 bilhão inferior a 2019 (-3,4%), totalizando R$ 32,6 bilhões.

SALÁRIO MÍNIMO

Outra coisa que soma ao governador é a aprovação do novo salário mínimo para o Estado aprovado pelo Conselho Estadual do Trabalho, Emprego e Renda (Ceter), vinculado à Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho. Os salários variam de R$ 1.467,40 a R$ 1.696,20, conforme a categoria, mantendo o Paraná como estado com o maior mínimo regional do País. Os pisos reajustados deverão entrar em vigor nos próximos dias e serão aplicados até 31 de dezembro de 2021.

Como pauta ainda que causa frisson no Palácio Iguaçu é a especulação em torno das próximas eleições. Pelas conversas de bastidores, o empresário e atual vice-governador, Darci Piana, estaria fora do próximo governo (pelo menos do cargo de vice) e surgem para seu lugar, nomes como os de Eduardo Pimentel, Luiz Cláudio Romanelli e Alexandre Curi.

Guto Silva, chefe da Casa Civil deverá ir para o Tribunal de Contas no lugar de Nestor Baptista.