Pedro Ribeiro
(Foto: Geraldo Bubniak/AGB)

 

 

Mais uma vez o capitão dobra os joelhos para o Congresso Nacional comandado pelo “centrão” do qual ele faz questão de dizer que faz parte. Como todos acompanharam, o presidente Jair Bolsonaro disse aos quatro cantos que não aprovaria o aumento de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões como desejam os políticos. Esbravejou, afirmando que iria vetar. Agora, pianinho, sinalizou que vai manter cerca de R$ 4 bilhões de verba destinada às campanhas dos partidos para o ano que vem.

O presidente disse que vetará o “extra de R$ 2 bilhões” do valor estabelecido pelos parlamentares na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022. O presidente alegou novamente que incorreria em crime de responsabilidade caso cortasse integralmente a verba do chamado ‘fundão’.

“(Quero) deixar claro uma coisa: vai ser vetado o excesso do que a lei garante. A lei (prevê) quase R$ 4 bilhões. O extra de R$ 2 bilhões vai ser vetado. Se eu vetar o que está na lei, eu estou em curso de crime de responsabilidade”, justificou aos apoiadores na manhã desta segunda-feira, 26, na saída do Palácio da Alvorada. Bolsonaro ainda não recebeu o texto da LDO. Assim que receber, terá 15 dias para sancioná-lo ou vetá-lo.