A deputada federal, Gleisi Hoffmann (PT), foi reeleita presidente nacional e repetiu o discurso de sempre, com base nos pronunciamentos do ex-presidente Lula depois que deixou a prisão. Mais uma vez, dirigentes do PT perdem a oportunidade de mostrar à população que tem um projeto para o Brasil, diferente do protagonizado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Um discurso com práticas nada republicanas que parece ter engolfado também o que poderia restar de uma oposição necessária e consequente. Com repercussão pífia, parece que todos sumiram como se fossem tragados por uma espécie de mea-culpa inconsciente e involuntária, tornando-se ícones em falta de credibilidade e de suspeição de ilícitos. Todos símbolos de uma decadência, de terra arrasada a que o País jamais deve ter vivenciado em toda sua história republicana.
Novamente recheado de críticas à atual gestão, o discurso petista mostra sinais de que está fora de sintonia com a atual realidade do país. Mas, mesmo diante do apelo social, com sangue nos olhos, acendeu luz amarela no Palácio do Planalto levado a equipe econômica do Governo a buscar alternativas no orçamento para aumentar os recursos destinados aos programas sociais, em especial ao Bolsa Família, onde Lula ainda continua sendo lembrado como “salvador da pátria”
Sobre o Bolsa Família, integrantes da equipe de Bolsonaro chegaram a defender até a troca do nome do programa para Bolsa Brasil. Mas setores do governo resistem à mudança. A ordem é ampliar benefícios às famílias de baixa renda. Na ofensiva em busca da conquista do eleitorado do Bolsa Família, o governo apelou ainda ao economista Ricardo Paes de Barros, um dos criadores do programa no mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
FAMÍLIAS BENEFICIADAS
Entre as propostas em análise pelo governo está a concessão de um adicional de R$ 6,81 por mês para cada uma das 13,8 milhões de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família, principal programa de transferência de renda do governo – o benefício para uma família em extrema pobreza é de R$ 89 por mês. O aumento seria possível com uma folga no orçamento, que viria a partir do fim da desoneração de produtos da cesta básica.
Como o governo aumentou ligeiramente a previsão para o crescimento da economia brasileira de 0,81% para 0,85%, neste ano, com estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, a equipe econômica entra com mais firmeza na área social com vistas aos votos dos quase 40 milhões que recebem Bolsa Família da região Nordeste.