Pedro Ribeiro
(Foto: Bruno Slompo/CMC)

 

Mesmo com a pandemia, que levou muitas empresas a reduzirem o ritmo de produção e até a demitir funcionários, o ano passado foi bom especialmente de negócios envolvendo grandes corporações, startups e pequenas ou médias empresas, destaca a Forbes Brasil, com base em pesquisa com CEOs.

Os números provam essa movimentação: 46% das grandes companhias realizaram aportes para aquisições. Dessas, 17% investiram mais de R$ 50 milhões; 3% entre R$ 30 milhões e R$ 50 milhões; 8% entre R$ 15 milhões e R$ 30 milhões; 14% entre R$ 5 milhões e R$ 15 milhões; e 58% entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões. Dos 75 investimentos mapeados, 16 foram em fintechs, 11 em empresas de tecnologia da informação e oito em empresas de SaaS(software as a service).

Os dados são da “1ª Pesquisa BR Angels/FirstCom – Investimentos, Aquisições e Maturidade em Inovação”, realizada pela BR Angels, associação nacional voltada para investimento anjo e composta por executivos C-Level com atuação em grandes empresas de diferentes setores.

A pesquisa foi conduzida com 104 CEOs, 74 deles associados à BR Angels, que lideram grandes empresas em diversos segmentos, como varejo, bens de consumo, tecnologia, financeiro, educação e serviços.

Se depender dos CEOs ouvidos na pesquisa, a tendência continuará em alta em 2021, com 65% dos respondentes informando que pensam em fazer aquisições – índice bem maior do que os 46% observados em 2020. Os três setores com maior interesse continuam sendo os de fintechs, TI e SaaS. A maior parte planeja investir entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões (41%) e acima de R$ 50 milhões (26%).

O estudo também ajuda a identificar a quantas anda a inovação aberta no país. Segundo ele, apenas 28% das empresas têm um programa de corporate ventureinnovation hub ou venture builder para investir ou acelerar startups, mostrando que ainda há muito espaço para o desenvolvimento de iniciativas sistemáticas voltadas à integração de grandes empresas com empresas inovadoras. 38% responderam que planejam implementar programas nos próximos dois anos, revelando um aumento do interesse das organizações em atuar no ecossistema de startups.

A maior parte (29%) dos programas foi implementada no último ano, um provável reflexo da necessidade de acelerar a transformação digital no pós-pandemia – 71% responderam que este interesse aumentou depois da Covid-19.