Pedro Ribeiro

Na semana passada, o governador Ratinho Junior e seus principais assessores no Palácio Iguaçu foram surpreendidos com uma ação, embora democrática, porém, completamente fora de hora e de contexto. Uma vaia organizada por um deputado da oposição em um momento de festividade e pelo bem do Estado do Paraná e dos seus cidadãos.

Criou constrangimento ao governador, ao presidente Jair Bolsonaro e ao General Joaquim Luna e Silva, diretor-geral brasileiro da Itaipu.

Em Foz do Iguaçu, na presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, o governador Ratinho Junior, ao agradecer os investimentos do governo federal no Estado, através da Itaipu, foi interrompido por um grupo de pessoas supostamente orientadas pelo deputado estadual, Soldado Fruet.

Ratinho Junior não passou recibo e manteve-se firme em seu pronunciamento de agradecimento, o que levou outras pessoas, que não faziam parte da claque, a aplaudirem. Até mesmo o presidente Bolsonaro ficou constrangido com o fato, já que ele mantém boas relações com o governo do Paraná que o tem apoiado em todas as ações.

Logo em seguida vieram à tona as razões da vaia. Segundo postagens em jornais e blogs de Foz do Iguaçu, os apupos tinham a digital do deputado Soldado Fruet (Pros) que pretende colocar sua esposa como candidata à prefeitura da cidade que tem, como atual prefeito, Chico Brasileiro, aliado do governador.

Soldado Fruet faz o estilo bronco, valentão, não esconde o despreparo e a falta de educação. Ele teria convocado sua claque, pelas redes sociais, alugou ônibus para levar moradores da periferia, provocou aglomeração no aeroporto e Avenida das Cataratas, desobedeceu medidas de proteção contra a covid-19, e ensaiou vaias e apupos contra adversários.

Próximo ao presidente, segundo informações, o soldado Fruet, um dos homens mais mau humorados do Paraná, sorria de forma irônica, afirmando que as manifestações eram espontâneas.

Foi patético ao beijar a pedra fundamental para a construção da duplicação da Rodovia das Cataratas que movimentará o turismo em Foz do Iguaçu, uma reivindicação do governador Ratinho Junior ao presidente Bolsonaro.

Governador foi o grande articulador da engenharia política e financeira para execução da obra de duplicação da Rodovia das Cataratas. Sob delegação do governo federal, por meio do DNIt, o governo paranaense executará a obra, via DER/PR, com recursos da Itaipu.

As obras executadas em parceria com Itaipu e governo do Paraná são a segunda Ponte Brasil-Paraguai, Perimetral Leste, ampliação da pista de pouso e decolagem do aeroporto e duplicação da Rodovia das Cataratas.

Portanto, o governo paranaense tem participado de todas as obras que estão sendo realizadas pelo governo federal na região de Foz do Iguaçu.

Se o governador Ratinho Junior tem problemas em sua gestão, cabe à sociedade paranaense avaliar e não são algumas pessoas moradoras de Foz de Iguaçu e ligadas ao deputado que vão julgá-lo, pois a cidade é, hoje, um canteiro de obras e graças à parceria entre o governo do Estado e o governo federal.

É bom que fique claro que Foz do Iguaçu se envergonha da atitude do deputado e vale um puxão de orelhas no cerimonial do Palácio Iguaçu, que permitiu a palhaçada e no pessoal responsável por dar apoio em eventos como este.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Em relação à postagem “Exibicionismo de deputado causa constrangimento em Foz”, o deputado estadual independente Soldado Fruet (PROS) vem a público para prestar os seguintes esclarecimentos:

1) A única convocação que realizei, através das minhas redes sociais, foi para que os cidadãos de bem de Foz do Iguaçu comparecessem ao evento para recepcionar o presidente Jair Bolsonaro, que, por sinal, foi recebido de forma muito calorosa e aplaudido pela população iguaçuense, o que interpreto como um gesto de gratidão por todos os investimentos que o Governo Federal tem realizado na cidade. São totalmente improcedentes as acusações levianas e criminosas de que eu teria contratado e pago ônibus para levar pessoas para participar da cerimônia.

2) Entendo que as vaias do público presente – que, ao contrário do insinuado, não partiram de nenhuma orientação minha – possam ter constrangido o governador e sua equipe, mas não as demais autoridades que estavam no palanque. Tanto é que, na sequência da agenda, já na Itaipu Binacional, estive reunido com o presidente Jair Bolsonaro e o diretor-geral brasileiro da Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, com quem tive uma conversa muito produtiva sobre planos para o futuro de Foz do Iguaçu. Aliás, mantenho um ótimo relacionamento com ambos, que têm feito pela nossa cidade o que nenhum governante ou dirigente anterior sequer chegou aos pés.

3) Como já é de conhecimento público, minha esposa Tatiana Fruet é, sim, pré-candidata a prefeita de Foz do Iguaçu, mas esteve no evento – assim como eu e centenas de cidadãos de bem da nossa cidade – para prestigiar o presidente Bolsonaro, a quem apoia ativamente desde a campanha, e o general Luna, de quem é amiga pessoal.

4) Lamento que alguns blogs tenham tratado o povo da periferia com menosprezo, como se, em um País que se diz democrático, não tivesse direitos e não pudesse estar representado na solenidade. Isso demonstra claramente uma preocupação com a mudança de posicionamento da população da cidade, pois a classe que detém o poder em Foz do Iguaçu há vários anos se vê preocupada neste momento com uma pré-candidata que veio da periferia, vem mostrando uma grande capacidade de liderança e tem chances reais de ganhar a eleição.

5) Meu estilo de trabalho é servir o povo. Depois de 17 anos como soldado da Polícia Militar, fui eleito pelo povo – aliás, diga-se de passagem, o único deputado estadual eleito por Foz do Iguaçu, onde recebi mais de 27 mil votos – e é pelo povo que trabalho como parlamentar. Não brinco em serviço, não brinco com assuntos sérios, como a extinção dos direitos dos servidores, o parcelamento da data-base, a reforma da Previdência Estadual e os reajustes das tarifas da Copel e Sanepar, que registram lucros astronômicos, esquecem sua função social e privilegiam os investidores. Defendo e vou continuar defendendo a população paranaense, de forma incansável, mesmo que isso desagrade a base governista. Mas não sou oposição. Elogio o governo quando há motivo para elogiar, critico e cobro quando o interesse popular não está sendo levado em conta. Por isso, sou independente, ajo e voto conforme minhas convicções no que é melhor para os paranaenses. O povo que represento conhece o meu caráter e sabe o trabalho que venho realizando, apesar dos muitos desafios. Como sempre digo, trabalho para os governados, não para o governante.

6) Como presidente da Comissão de Turismo da Assembleia Legislativa do Paraná e único representante na Casa de Leis eleito por Foz do Iguaçu, poderia muito bem ter sido convidado para estar no palco junto com as demais autoridades. Mas somente pude beijar a pedra fundamental porque fui chamado pelo diretor-geral brasileiro da Itaipu e tive o acesso liberado pelos seguranças. Aliás, a duplicação da Rodovia das Cataratas, há muito tempo aguardada, só agora foi viabilizada graças à gestão austera do general Luna na Itaipu, que irá bancar quase a totalidade da obra, a exemplo de outras grandes intervenções na infraestrutura da cidade, como a segunda ponte entre Brasil e Paraguai e a ampliação da pista do aeroporto. Se não fossem as gestões do presidente Bolsonaro e do general Luna, que estão tornando realidade sonhos de décadas da população iguaçuense, certamente a cidade estaria parada. Por isso, meu reconhecimento e agradecimento pelo belo trabalho que os dois vêm fazendo.

Deputado Soldado Fruet (PROS)