Pedro Ribeiro

Alceo Rizzi

É só passar as eleições e o país promete entrar na fase de ensaios para desfile da fanfarras de bate-bumbos e chiadeira, protestos e paralisações de um Brasil que funciona aos trancos, cartorial e patrimonialista, com poucas exceções, ainda que se diga. O País gasta mais de 4% do PIB todo ano com funcionalismo público, mais que EUA e Alemanha. No governo Federal são hoje algo em torno de 603 mil servidores. Reforma Administrativa promete pegar pesado, se depender do ministro da Economia, que ja comemora redução de 68 bilhões de reais por ano. Salários congelados, corte em cargos em comissão, , não reposição de aposentados, enxugamento dos gastos, eliminação de abono, licenças-prêmio, etc e etc.. Em tese, para não criar se criar novos impostos, haver dinheiro para o programa social que presidente quer chamar de seu. Não importa. O Estado brasileiro de fato é ineficiente, corporativo e perdulário, com privilégios e prebendas que se acumulam, agregadas aos salários, tudo sob a proteção de uma estabilidade no emprego, que deveria ser apenas para determinadas e prioritárias categorias. Tirante quem é servidor ou a ele esteja ligado, direta ou indiretamente, ou tem expectativas de ser, já prepara bumbos e baquetas. Dez entre dez outros, vão colocar tampões nos ouvidos. Com certa razão! Nisso tudo, há um efeito bumerangue, pela cumplicidade com governos perniciosos, igualmente oportunistas e permissimos, em busca de vantagens recíprocas. Paciência!

Alceo Rizzi é jornalista