Alceo Rizzi
Quando a Fé que motiva multidão de devotos virá mercadoria de achacadores e delinquentes de todo espectro desprezível da condição humana, sempre haverá leniência e cumplicidade criminosa na outra ponta se dela outras quadrilhas se beneficiam. Não há outra descrição possível para a decisão do Congresso em aprovar perdão de dívida da ordem de 1 bilhão de reais com o Tesouro público que igrejas, pentecostais e neo-pentecostais de toda ordem, com raríssimas exceções, chefiadas por bandidos, numa demonstração vergonhosa, indigna e hipócrita de representação da sociedade.
Essas confrarias delinquentes já não pagam tributos de qualquer natureza sobre dízimos que recolhem de gente humilde, ignorante ou de ingênua credulidade, sem mencionar crimes que cometem, como venda de bênçãos e de curas, inclusive nesta época de pandemia. Quando não é feijão milagroso, é água sagrada, que cura a Covid.
Bandidagem que tem a cumplicidade indigna, degradante e perniciosa de gente que pouco se importa e pouco se incomoda com o assalto descarado e declarado que sofre o País com essa, atestado público de que não diferem por natureza.
Alceo Rizzi é jornalista
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