Pedro Ribeiro
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Da coluna Aroldo Murá – Desde antes da instalação da pandemia, em março, o grupo Gazeta do Povo, está se despedindo do endereço enorme que ocupava num edifício do bairro Tarumã. Os cerca de 300 empregados celetistas, prestadores de serviços por Pessoa Jurídica (PJs) ou MEIs, só trabalham em casa. Todos estão em home office e dele não deverão retornar, segundo garante à Coluna fonte do grupo dirigido por Ana Amélia Filizola e Guilherme Cunha Pereira.

No prédio inaugurado há poucos anos com enorme alarido, ficará no máximo um andar destinado ao Departamento Comercial e à parte da TI.

– A Gazeta não voltará a ter vida de redação física como se conhece mesmo nos jornais totalmente digitais, assegura um jornalista que se coloca entre os componentes do primeiro escalão da GP.

Assim, ela comemorará seus 102 anos de vida, em fevereiro do ano que vem.

Em cima da hora: nesta quinta-feira, 4, a direção do jornal Gazeta do Povo reuniu seus funcionários para anunciar mais uma decisão definitiva: a edição impressa da GP, dedicada a temas, vai acabar logo.

Terá, no máximo, mais quatro edições. Até por isso, jornalistas vinculados à Gazeta do Povo impressa (revista dominical) serão demitidos gradativamente.

Nesta quinta, por exemplo, foram demitidas duas jornalistas com anos de casa: Katia (15 anos) e Rosana (dez anos). A diretoria, na pessoa de Ana Amélia Felizola, garante que o trabalho online será mesmo definitivo, não resulta de decisão em função da pandemia.

Guilherme Cunha Pereira, o irmão de Ana Amélia e diretor do GP, está praticamente ausente, há meses, dos trabalhos da GP online e impresso. Toda diretoria da empresa de comunicação, que ocupava dependências do casarão da antiga Fábrica de Metro (espaço também do Goethe Institute) deixou o espaço. “Às vezes a Ana Amélia frequenta o edifício do bairro Tarumã, onde ainda um andar está reservado ao departamento comercial”, diz fonte da empresa. (Aroldo Murá).