Pedro Ribeiro

Muitos prefeitos estão olhando sua cidade sem saber por onde começar. Recupera Paraná, Desenvolve Paraná e Made in Paraná são as três frentes para enfrentar a crise após a desastrosa passagem do coronavírus pelo Estado.

Dois grandes programas para a retomada da economia paranaense após a pandemia do coronavírus estão sendo desenvolvidos no Estado. Um nos gabinetes do Governo do Estado, com a participação das principais lideranças do setor produtivo do Estado – G7 – com o nome de Recupera Paraná e outro no Sebrae, também com apoio do setor produtivo, batizado de Desenvolve Paraná. Tem ainda o Made in Paraná para estimular a economia interna.

Enquanto o plano Recupera Paraná exigirá grande soma de dinheiro, ainda em estudo pelo Governo do Estado, o Desenvolve Paraná está mais centrado no ensinamento de como administrar empresas e gerar um município em crise, com ferramentas voltadas à comunicação entre o poder executivo municipal, as empresas e a sociedade civil. O Sebrae parte do princípio de que, hoje, muitos prefeitos estão olhando a sua cidade sem saber por onde começar.

No âmbito governamental, Ratinho Junior estuda um plano estratégico e consistente com a criação de um conjunto de mecanismos que possam ajudar o setor produtivo a se reequilibrar. Essas ações, segundo ele, devem ir além da oferta de crédito. Andam juntos, investimentos em infraestrutura que somam perto de R$ 400 milhões (contabilizando recursos das empresas que administram o Anel de Integração).

No plano do Sebrae, todos os 399 municípios paranaenses receberão visitas de técnicos, que darão consultorias e suporte às empresas e ensinarão como trabalhar no coletivo, numa espécie de força tarefa que pretende mobilizar toda a comunidade, especialmente quando se trata de pequenos municípios.

O Governo do Estado vai lançar nas próximas semanas um selo “made in Paraná” para estimular a produção e consumo de produtos locais, fortalecendo o empresariado paranaense. A intenção é fomentar a economia, gerando emprego e renda nas mais diversas regiões. Uma campanha publicitária, em diversas mídias, também está sendo criada como forma de propagar a iniciativa.

– O selo “made in Paraná” terá duas vertentes: uma interna, da administração pública, e uma externa com apoio da sociedade civil organizada. O modelo está sendo construído em conjunto com entidades que formam o G7, grupo que reúne os principais setores produtivos do Estado.

Como forma de colaborar e expandir a iniciativa, Ratinho Junior reforçou que o governo iniciou estudos para também ampliar a compra de produtos estaduais. “Fazemos licitações todos os dias, muitas delas milionárias. Pedi para que, dentro da lei, se possa encontrar uma forma de comprar mais dos nossos fornecedores locais”, explicou.

A outra medida é uma campanha publicitária e de conscientização para estimular a população paranaense a comprar produtos de origem “pé vermelho”. O objetivo é estimular a criação de postos de trabalho e alternativas de renda e manter as atividades em alta nos municípios