Impotência diante de um vírus que assombrou o planeta
País do futebol, sem futebol. País do samba, sem samba. Pessoas enjauladas como bichos em suas próprias casas sem uma pe..
País do futebol, sem futebol. País do samba, sem samba. Pessoas enjauladas como bichos em suas próprias casas sem uma perspectiva do que poderá acontecer no dia de amanhã. A não ser o medo, o pânico, as perguntas que não conseguimos responder aos nossos filhos e netos. O desespero bate à porta, a solidão, a depressão.
Como birutas, estamos sem saber para onde ir. Dois ex-ministros, médicos respeitáveis não recomendam o uso do medicamento que o presidente Jair Bolsonaro prescreve e quer enfiar goela abaixo de todas as pessoas vitimadas pela doença que sufoca e mata. Cientistas e todo o mundo também têm dúvidas sobre o efetivo efeito curativo da cloroquina.
Governadores, prefeitos, enfim, representantes do povo no Congresso Nacional tentam, de todas as formas, amenizar o impacto da pandemia, tentando injetar dinheiro na economia, na tentativa de fazer o país respirar.
Nem mesmo os países mais poderosos do planeta souberam administrar a pandemia. Todos pecaram, sem saber o que fazer, o que levou milhares de pessoas a óbito. Estados Unidos, China, Alemanha, Inglaterra, França, Itália, Espanha e outros sucumbiram diante do vírus mortal.
Mesmo com a tragédia anunciada, o Brasil não soube e não está sabendo conduzir a letalidade do vírus que se espalha como rastilho de pólvora pelas periferias das cidades atingindo, agora, as pessoas mais vulneráveis. Segundo estudos a previsão é de que 90 mil brasileiros vão a óbito até o início de agosto.
Tragédia. O que fazer? Infelizmente não temos a resposta. Nem na Bíblia.
Vamos continuar isolados, ou não, com máscaras, ou não, assistindo políticos tomarem mais uma vez de assalto o país, rezando ou orando, e com um agradecimento especial às pessoas que estão na linha de frente, expostos à morte, salvando vidas em todo o país.
Que os cientistas sem bandeiras ou ideologias avancem nas pesquisas para que tenhamos uma noite de sono e esperança no amanhã.