Pedro Ribeiro

Com a definição da data das eleições, para novembro, os pré-candidatos a prefeitos já estão se manifestando nas redes sociais e em entrevistas a veículos de comunicação. João Arruda, do MB, disse que o partido vai tirar Curitiba do colapso nos serviços públicos, especialmente na área de saúde.

O pré-candidato à prefeitura da capital chamou o atual prefeito Rafael Greca, de “frouxo, titubeante, fechou as unidades de saúde e não sabe como enfrentar o coronavírus”

Disse ainda que o prefeito some quando é preciso, aparece só para dar chilique e xingar os curitibanos, se ajoelhou ao governador com um único objetivo: ter seu apoio nas eleições”, disparou o emedebista a respeito do governo do atual prefeito Rafael Greca (DEM). As informações são de Aroldo Murá.

Nessa entrevista, João Arruda mostrou como MDB está se organizando para as eleições de novembro e das propostas que o partido vai defender durante a campanha. “O que mais interessa é ter um plano de inclusão, de inovação e vários projetos destinados aos jovens de Curitiba”, disse.

Leia a seguir os principais trechos

Como serão as eleições em tempos de pandemia?

A pandemia da covid-19 trouxe dúvidas sobre o processo eleitoral. Há pouco mais de uma semana foi decidido sobre o adiamento das eleições municipais de outubro para 15 de novembro – o primeiro turno – e o segundo turno será em 29 de novembro. Vale lembrar que em 394 cidades paranaenses a eleição é só em um turno.

As eleições serão atípicas?

A pandemia força uma nova organização de campanha até para a apuração dos votos. A propagação do vírus continua crescente, mas acredito que isso pode mudar antes mesmo da data da eleição. Uma coisa é certa, esta eleição deve ser realizada com muito cuidado, observando o que é orientado pelas autoridades sanitárias para que não se torne um foco de transmissão do vírus.

E quanto aos prazos previstos no calendário eleitoral?

O que estava previsto no calendário eleitoral para este mês de julho está prorrogado por 42 dias. Já os prazos já decorridos até o dia 2 de julho não retornam mais. As datas a partir desta data serão modificadas com base na nova data das eleições.

A campanha será mais virtual?

Acredito que com o distanciamento e isolamento social nesta pandemia mundial farão com que as campanhas aconteçam com mais intensidade no modo virtual, por meio das redes sociais e canais de comunicação. Vemos que os meios virtuais estão sendo a solução para muitas coisas, a exemplo disso é o trabalho home office (teletrabralho) e as reuniões virtuais. O MDB apoia todas medidas que reduzam cada vez mais a aglomeração de pessoas evitando a propagação do vírus até que de fato tenhamos um imunizante comprovadamente eficaz.

O MDB espera uma eleição com mais representantes na Câmara de Vereadores de Curitiba?? Como está a chapa de vereador?

Temos dois representantes no legislativo municipal: a vereadora Noêmia Rocha e o vereador Professor Silberto. Esperamos, pelo menos dobrar essa bancada. Temos ótimos pré-candidatos representantes de vários setores, bairros e segmentos. Serão 58 candidatos, dos quais, 18 candidatas mulheres. Nesse ano não haverá coligação na eleição proporcional. Fazemos reuniões periódicas e tenho certeza que a nossa chapa será uma grande alavanca para a candidatura do MDB à prefeitura de Curitiba.

Desde de 1985, o partido não elege o prefeito para Curitiba. Mesmo assim foi hegemônico por oito anos (2003-2010) no comando do Estado, retomar essa hegemonia passa pelo conquista da prefeitura de Curitiba?

Já elegemos um governador por três vezes sem estar no comando da prefeitura, mas o que mais interessa é ter um plano de inclusão, de inovação e vários projetos destinados aos jovens de Curitiba.

Há programas exitosos dos governos do MDB que podem servir como referência na prefeitura de Curitiba?

Leite das Crianças vai voltar. Também vamos ter um plano para transporte coletivo que não onere mais os usuários e tampouco beneficie, como é hoje, os donos das empresas. O mundo mudou com a pandemia e o uso de outros modais como a malha cicloviária vai aumentar.

Como avalia a o governo do prefeito Rafael Greca?

Frouxo, titubeante, fechou as unidades de saúde e não sabe como enfrentar o coronavírus. O prefeito some quando é preciso, aparece só para dar chilique e xingar os curitibanos, se ajoelhou ao governador com um único objetivo: ter seu apoio nas eleições. Falta pulso e firmeza. Parece até que a secretária de saúde que é a prefeita. O MDB vai dialogar com todos os segmentos, mas numa conversa franca, aberta e direta.

Quais são as principais propostas que MDB vai levar ao eleitor de Curitiba?

O MDB têm seu compromisso histórico: fazer um governo para quem realmente precisa de uma prefeitura. Sabemos que para dar condição ao pai e mãe de família, o primeiro importante passo é o emprego. Temos proposta de gerar emprego. Precisamos incentivar os pequenos produtores, os pequenos médios comércios. As cooperativas e associações, por exemplo, terão a oportunidade de maior produtividade e consequentemente a criação de novos empregos.

Como serão tratados outros setores da economia?

Com mais atenção: o turismo, os serviços essenciais, a construção civil. São setores que empregam muita gente e que movem a economia. Assim como o emprego, outras áreas são muito importantes. A educação, saúde, moradia, mobilidade urbana, saneamento básico, precisam de políticas complementares para a qualidade de vida de todos. A cidade é carente em muitas dessas áreas.

O senhor citou ainda o turismo, a saúde…

Curitiba recebeu 5,5 milhões de turistas no ano passado é o terceiro principal polo do setor no País. A boa condição turística deve ser melhorada para atrair mais investimentos e alavancar o mercado de trabalho. Nesses últimos meses, ficou evidente a necessidade de mais atenção a saúde pública. Infelizmente o baixo financiamento, o descaso com profissionais e a falta de planejamento acelerou o colapso em alguns hospitais, afetando a população num momento em que ela mais precisa.