Pedro Ribeiro
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O silêncio de Roberto Requião nesta campanha à Prefeitura de Curitiba despertou os marqueteiros de plantão, em especial do MDB, o partido do ex-governador. Até o momento não se ouviu uma palavra sequer de apoio ao candidato do partido, por coincidência, seu sobrinho, João Arruda, filho da irmã, Lucia Arruda.

Não precisa ser cientista político para saber que Roberto Requião não está dando – e não dará, pelo contrário – apoio a João Arruda, porque tem interesse partidário e pessoal em assumir o MDB e passá-lo às mãos do filho, o deputado estadual Requião Filho.

Jamais Requião vai reconhecer o esforço que João Arruda está fazendo, não apenas para se eleger, mas para manter o MDB em posição de destaque na Câmara de Curitiba e em todo o Estado.

Esquece Requião que Arruda entrou na batalha como general ou Brancaleone, justamente para defender o partido, pois o jovem candidato, ex-deputado federal, tem um futuro promissor como político, ao contrário do tio que só falta colocar o pijama e a pantufa, se é que já não o fez.

Requião e João Arruda passam por momento de divergências não apenas na esfera política do partido, mas também na questão de herança política no Estado, já que o tio aposta todas as fichas no filho deputado.

Arruda, por seu lado, coloca os valores do MDB acima de tudo e, por isso, sai nas ruas de Curitiba em busca de apoio dando, inclusive, murros em pontas de faca. Embora com três por cento na última pesquisa, o candidato aposta em crescimento na reta final e acredita que poderá disputar o segundo turno com Rafael Greca.

João arruda crescerá na campanha se descolar do tio. É guerreiro, partidário e solidário ao partido.