Pedro Ribeiro
(Foto: divulgação)

Por Aroldo Murá

 

Um grupo de amigos e colaboradores do raro urbanista está dando os passos iniciais no projeto capitaneado por Jaime Lechinski. Valério Fabbris é um dos “consultores” mais ouvidos, e Mai Nascimento, uma peça vital do trabalho, vai trabalhando a realidade cultural que Lerner implantou..

Um grupo de jornalistas, arquitetos, urbanistas e intelectuais de todos os portes que conviveram muito de perto e atuando ao lado de Jaime Lerner, tem uma enorme tarefa pela frente: a de escrever um livro sem as “pegadas de um relatório, mas s fazendo, ao mesmo tempo, justiça à vida e obra do humanista que em 1970 colocou Curitiba nas manchetes mundiais”, conforme observa o coordenador do enorme projeto, o jornalista Jaime Lechinski.

Jaime Lechinski

Revista IdeiasUma farta documentação iconográfica, acredito, pode ser garantida por um dos que melhor acompanharam as pisadas de Lerner, o cinegrafista, fotógrafo e parceiro de Jaime em suas andanças no dia a dia, Carlos Deiró.

USINA DE IDEIAS

Lechinski, homem de comunicação de Lerner, e um dos seus mais próximos amigos, foi, ao longo dos anos, uma espécie de codificar do pensamento dessa usina de idéias que JL sintetizava.

Valério Fabbris

O que se pode adiantar, é que do grupo fazem parte, entre outros, a jornalista Mai Nascimento Mendonça, Lídia Dely, Paulinho Hayakawa, jornalista Valério Fabris, Ana Cláudia Pinto, arquiteta Valéria Bechara (sócia de JL no escritório da rua Bom Jesus).

Fui convidado e estou preparando minha parte, especialmente sobre o nascimento da Fundação Cultural de Curitiba, de cujo grupo inicial participei, como conselheiro da FFC. E tentarei fazer justiça uma das peças mais importantes na projeção nacional e mundial de Lerner, o jornalista Aramis Millarch, que o “lançou” na mídia, ainda nos anos 1960.

Maí Nascimento Mendonça

“ESTÁ ANDANDO”

Nesta quinta-feira, 23, Lechinski me responde, em breve mensagem, sobre o andamento da proposta do livro: – O livro vai andando. Muitas leituras. Semana que vem vou me internar no escritório do Jaime, para uma varredura no material de lá – entrevistas, reportagens internacionais, depoimentos de gente importante.

Arquiteta Valéria Bechara

Lechinski me pergunta – a mesma que tem feito a tantos que conheceram e envolveram com o espírito criativo de JL, “como você definiria o Jaime?”. Quem vai responder a essa pergunta, que poderá ser o título do livro? O próprio Lechinski observa que situar Jaime como um urbanista é pouco.

Carlos Deiró

É a opinião também de Valéria Bechara. Ela diz que Jaime seria o que foi se fosse dentista, professor ou artista. Eu acho que ele tinha a dimensão de um humanista, “um grrrande humanista” como dizia o professor Chameck , observa Lechinski. O Valério Fabris sugeriu o título “ Jaime Lerner , urbanista em escala humana.”