
João Arruda quer assumir diretório do MDB e fortalecer partido
Pedro Ribeiro
03 de dezembro de 2018, 20:28
Viram o que aconteceu na calada da noite? Mais uma vez o Congresso Nacional – desta vez o Senado - zomba co..
Pedro Ribeiro - 04 de dezembro de 2018, 09:12
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Viram o que aconteceu na calada da noite? Mais uma vez o Congresso Nacional – desta vez o Senado - zomba com nossa cara e nossa paciência. A casa simplesmente decidiu aplicar a seus servidores valendo para este mês, afinal, é Natal- inclusive para o 13.º salário, o novo teto remuneratório do funcionalismo público.
Uma vergonhosa manobra entre os Poderes Executivo e Judiciário. O novo teto deveria valer somente a partir do ano que vem, mas a Mesa do Senado resolveu favorecer desde já os servidores que hoje acumulam vencimentos que superam o limite atual, de R$ 33,7 mil, e portanto estão sujeitos ao desconto do chamado “abate teto” – mecanismo que corta do salário tudo o que supera aquele limite.
Como mostra editorial do Estadão, com o novo teto, de R$ 39,2 mil, esses servidores receberão agora o que os ministros do Supremo Tribunal Federal, para os quais o aumento salarial se aplicava originalmente, só ganharão em 2019.
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Tal desfecho é condizente com todo o processo que resultou no aumento para os ministros do Supremo. O País testemunhou, impotente, a nata do Judiciário desfigurar a Constituição para obter o reajuste salarial que reivindicavam.
A manobra ficou ainda mais explícita quando o Supremo, na negociação com os demais Poderes, ofereceu barganhar o fim do auxílio-moradia pela incorporação desse valor ao salário. Um verdadeiro quiproquo, expressão latina para o famoso toma lá dá cá. Ou seja, o Supremo criou um problema para vender uma solução.
Enquanto isso, o número de desempregados no país passa de 13 milhões de pessoas e a corrupção continua a todo vapor.