Na Reserva Romanetto, Tartarugas, Jabotis, Jibóias e Iguanas
Morretes, cidade do litoral paranaense, embora fique há 15 quilômetros do mar (Baía de Antonina), que tem como cartões d..
Morretes, cidade do litoral paranaense, embora fique há 15 quilômetros do mar (Baía de Antonina), que tem como cartões de visita o paredão de montanhas conhecido como Conjunto Marumbi, o rio Nhundiaquara que banha a cidade, a Estrada da Graciosa e grande parte da ferrovia que corta a serra do Mar e a Mata atlântica, está, literalmente, isolada por força da pandemia do novo coronavírus.
A Prefeitura Municipal editou decreto lei que controla a entrada e saída de pessoas na cidade, ou seja, só permite fluxo de moradores, impedindo a visitação e turistas onde o município é, hoje, o terceiro em turismo no Estado, ficando atrás de Foz do Iguaçu e Curitiba.
Além dos pontos turísticos tradicionais, que levam milhares de pessoas nos finais de semana na cidade, seja de automóveis pela BR-277, Estrada da Graciosa e pela ferrovia, Morretes esconde encantos e muitos deles ainda a serem descobertos pelo turismo rural e de aventura em plena floresta.
Um esses lugares que encanta é a Reserva Romanetto, localizada no bairro Ponte Alta, distante três quilômetros do centro da cidade. Aos pés do Marumbi, onde deslizam em rios, riachos e cachoeiras, águas límpidas e abundantes, Ricardo Romanetto possui, em 18 hectares de área preservada, 14 tanques para criação de peixes , tartarugas Tigres D’Agua, Jabotis, Iguanas e répteis (cobras exóticas e inofensivas como a Jiboia).
Romanetto está no ramo há mais de 20 anos e é, hoje, o único empresário produtor de tartarugas Tigres certificado para criação e comercialização em todo o país. São perto de 10 mil dessas espécies vendidas principalmente para os mercados (aquários) de Curitiba e São Paulo. Cada exemplar é comercializado por cerca de R$ 200.
As toneladas de peixes que habitam seus tanques, entre eles, Pacus, Dourados, Matrinxã e Jaús, não são comercializadas e servem para a produção de alivinos onde o empresário está desenvolvendo berçários de Jaús para exportar provavelmente para a China e Japão.
A um quilômetro da Reserva Romanetto, no mesmo bairro da Ponte Alta, há uma criação de trutas arco-iris que abastece o mercado de Curitiba. Também ao pé da serra e do Marumbi, o produtor tem tudo à sua mão para a criação desses animais, em especial a água da serra, com temperatura ideal para a truta. O visitante vai até o local e escolhe o peixe que lhe interessa a R$ 20 o quilo.
Também neste raio periférico, agora no bairro Central, um agricultor vem fazendo sucesso com a produção de açafrão. Ele não precisa bater perna no mercado para vender seu produto, porque é todo exportado para a França através do Porto e Paranagua´.
Estes são apenas alguns exemplos de comércio alternativo que existe no município. Soma-se a eles, a produção de cachaça, bananas, gengibre e outros.