Colunas
Na Reserva Romanetto, Tartarugas, Jabotis, Jibóias e Iguanas

Na Reserva Romanetto, Tartarugas, Jabotis, Jibóias e Iguanas

Morretes, cidade do litoral paranaense, embora fique há 15 quilômetros do mar (Baía de Antonina), que tem como cartões d..

Pedro Ribeiro - sábado, 11 de abril de 2020 - 18:24

Morretes, cidade do litoral paranaense, embora fique há 15 quilômetros do mar (Baía de Antonina), que tem como cartões de visita o paredão de montanhas conhecido como Conjunto Marumbi, o rio Nhundiaquara que banha a cidade, a Estrada da Graciosa e grande parte da ferrovia que corta a serra do Mar e a Mata atlântica, está, literalmente, isolada por força da pandemia do novo coronavírus.

A Prefeitura Municipal editou decreto lei que controla a entrada e saída de pessoas na cidade, ou seja, só permite fluxo de moradores, impedindo a visitação e turistas onde o município é, hoje, o terceiro em turismo no Estado, ficando atrás de Foz do Iguaçu e Curitiba.

Além dos pontos turísticos tradicionais, que levam milhares de pessoas nos finais de semana na cidade, seja de automóveis pela BR-277, Estrada da Graciosa e pela ferrovia, Morretes esconde encantos e muitos deles ainda a serem descobertos pelo turismo rural e de aventura em plena floresta.

Um esses lugares que encanta é a Reserva Romanetto, localizada no bairro Ponte Alta, distante três quilômetros do centro da cidade. Aos pés do Marumbi, onde deslizam em rios, riachos e cachoeiras, águas límpidas e abundantes, Ricardo Romanetto possui, em 18 hectares de área preservada, 14 tanques para criação de peixes , tartarugas Tigres D’Agua, Jabotis, Iguanas e répteis (cobras exóticas e inofensivas como a Jiboia).

Romanetto está no ramo há mais de 20 anos e é, hoje, o único empresário produtor de tartarugas Tigres certificado para criação e comercialização em todo o país. São perto de 10 mil dessas espécies vendidas principalmente para os mercados (aquários) de Curitiba e São Paulo. Cada exemplar é comercializado por cerca de R$ 200.

As toneladas de peixes que habitam seus tanques, entre eles, Pacus, Dourados, Matrinxã e Jaús, não são comercializadas e servem para a produção de alivinos onde o empresário está desenvolvendo berçários de Jaús para exportar provavelmente para a China e Japão.

A um quilômetro da Reserva Romanetto, no mesmo bairro da Ponte Alta, há uma criação de trutas arco-iris que abastece o mercado de Curitiba. Também ao pé da serra e do Marumbi, o produtor tem tudo à sua mão para a criação desses animais, em especial a água da serra, com temperatura ideal para a truta. O visitante vai até o local e escolhe o peixe que lhe interessa a R$ 20 o quilo.

Também neste raio periférico, agora no bairro Central, um agricultor vem fazendo sucesso com a produção de açafrão. Ele não precisa bater perna no mercado para vender seu produto, porque é todo exportado para a França através do Porto e Paranagua´.

Estes são apenas alguns exemplos de comércio alternativo que existe no município. Soma-se a eles, a produção de cachaça, bananas, gengibre e outros.

Compartilhe