Pedro Ribeiro
(Foto: Geraldo Bubniak/AGB)

Alceo Rizzi

Não faz mais qualquer sentido tentar impedir suicidas de lotarem praias brasileiras ou de se interditar festas que acontecem em todo o canto, clandestinas e nem tanto. É enxugar gelo pelo que se assiste de sul a norte no litoral do Pais, com praias tomadas, em uma das quais, Praia Grande (SP), o gigante genocida aparece em meio à multidão, sem máscara, provocando ainda maior aglomeração.

A doença que se propaga pelo país, com previsão de colapso do sistema de Saúde logo à frente, se associou a uma estúpida e avassaladora ignorância de quem parece estar em possessão de mórbido e macabro delírio de satisfação.

O País decente está por sua conta e própria sorte, a inexistência ainda de uma imunização, sem haver sequer agulhas e seringas para se um dia as vacinas chegarem, é apenas a sublimação desse espetáculo de horror a que se assiste. Para estes, não há vacina, mesmo se um dia elas estiverem a eles disponíveis. Pela constatação simples de que não há vacina para a estupidez.

Alceo Rizzi é jornalista