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No Ministério da Saúde já não falam o mesmo idioma

No Ministério da Saúde já não falam o mesmo idioma

Alceo RizziEra de suspeitar, previsível que aconteceria com esses trapalhões no Ministério. Mas agora, parece que..

Pedro Ribeiro - quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021 - 19:21

Alceo Rizzi

Era de suspeitar, previsível que aconteceria com esses trapalhões no Ministério. Mas agora, parece que já não se entendem mais nem mesmo entre eles. Em uma semana, Ministro da Saúde recomenda que todas as vacinas da Coronavac sejam usadas já na primeira fase, para ampliar imunização. Agora Ministério divulga nota recomendando que elas sejam reservadas para a segunda dose de quem já tomou na primeira. Volta atrás, pede para serem guardadas.

É demonstração de confiança que eles próprios manifestam no que estão fazendo, mas esperam que haja credibilidade no que dizem e no Plano Nacional de Imunização que anunciaram. Se antes já não falavam a mesma língua do País amedrontado com a desgraça da pandemia, parece que agora, definitivamente, nem mesmo eles se entendem, cada um fala um idioma. Dizem ainda que haverá mais vacinas. Amanhã, talvez, quem sabe o que pode ser dito? Sem surpresa.

NADA QUE NÃO POSSA FICAR AINDA MAIS BAGUNÇADO

Congresso se empenha em achar solução para facilitar a compra da vacina da Pfizer, o general e ministro sem autonomia da Saúde que arrumou bronca com o laboratório fabricante promete cumprir que for aprovado, mas o sensato e equilibrado presidente ameaça com seu poder de veto.

Assim, a única vacina liberada em caráter definitivo pela Anvisa, com mais de 95% de eficiência e já usada por mais de 60 países, será também a única que não poderá ser comprada. Reclama-se, depois, da ingerência do STF na eventualidade dele conceder liminar a governos, municípios e mesmo inciativa privada para a compra da vacina. Só dependeria da boa vontade do laboratório que a produz.

Mais ou menos como implodir o Plano Nacional de Imunização. Mas, se for para a bagunça ficar ainda maior, quem se importa? Condições de contrato que só Brasil, Argentina e Venezuela não concordaram, é forte desculpa, quem sabe maior que as mortes da pandemia.

 

Alceo Rizzi é jornalista e colaboraor do Paraná Portal

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