Pedro Ribeiro
(Foto: Foto: Roberto Dziura Jr/AEN)

 

Governadores de vários estados recomendam às corporações de segurança pública, em especial Polícia Militar, para que mantenham disciplina na tropa para a garantia da ordem no dia 7 de Setembro, quando várias pessoas irão às ruas para protestar, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

A intenção dos comandantes das PMs é afastar os policiais dos atos para diminuir o risco de conflito.

Recentemente houve episódios de indisciplina dentro das PMs, a maioria ligada à ação de políticos bolsonaristas, como o Ceará, Rio Grande do Norte, o Espírito Santo e São Paulo.

Nos dois primeiros, os governadores promoveram um número maior de agentes de segurança, fenômeno também registrado no Distrito Federal como forma de driblar o congelamento de salários do funcionalismo público. Ambos foram sacudidos pelas duas mais recentes greves de PMs no País entre 2018 e 2020, informou o Estadão

Outro Estado que conheceu um motim de policiais foi o Espírito Santo, em 2017. Ali o governador Renato Casagrande (PSB) decidiu colocar de prontidão todo o efetivo da PM no próximo dia 7, evitando assim que os policiais da ativa compareçam aos protestos.

Por fim, em São Paulo a Secretaria da Segurança Pública montou uma gigantesca operação na data, a Operação Independência, e mobilizou 27 mil PMs, 3,6 mil deles só para vigiar os atos da Avenida Paulista e do Vale do Anhangabaú. A Corregedoria da PM deve pôr todo o seu efetivo – cerca de mil homens – nas ruas para vigiar possíveis transgressões, publicou o jornal paulista.