Pedro Ribeiro

Recentemente, em meio ao devastador furacão da pandemia, a secretária municipal de Saúde de Curitiba, Márcia Uçulack, fez um desabafo nas redes sociais que nos chamou a atenção. Sua secretaria teria sido criticada por um veículo de comunicação – emissora de TV – em função de filas para vacinação de crianças contra a Covid, com possíveis aglomerações de pessoas. 

Em resposta, Márcia lamentou a postura da mídia que omitiu informações sobre o trabalho dos profissionais da área da saúde, bem como sobre a distribuição das vacinas que, no caso, tem a intenção de atender a todos. Ela simplesmente lembrou que um ou dois dias antes da crítica, a mesma televisão nada falou sobre enorme fila de adolescentes aglomerados comprando ingressos para um show de banda de rock.

Lembrei desta passagem da secretária Márcia Uçulack depois de conversar com o ex-professor da Universidade Federal do Paraná – Departamento de Economia – Aldair Rizzi, que também foi vice-reitor e secretário de Estado de Ciência e Tecnologia. Disse que ficou admirado pelo tratamento recebido pela área da saúde da Prefeitura de Curitiba, desde o momento em que teve suspeita de Covid, onde procurou informações por telefone, até a consulta médica e o consequente tratamento.

“É merecedor de elogios o esquema de atendimento pelo SUS da Prefeitura de Curitiba em relação à Covid ou Ômicron. Lá, não tem rico ou pobre, todos são iguais e a atenção dispensada é a mesma para todos”, observou Rizzi. Os profissionais atendentes, desde a telefonista, recepcionista, enfermeiros e médicos, são exemplos de cidadania e profissionalismo, além dos ambientes – postos de saúde – de uma limpeza impecável, pontuou Rizzi. 

Para fechar, lembramos que 87% dos médicos contrairam a covid nos últimos dois meses.