Pedro Ribeiro
(Foto: Bruno Slompo/CMC)

A grande maioria da população tem, hoje, uma única preocupação em relação ao futuro dirigente da nação: emprego, renda e comida na mesa. Soma-se ainda a questão da saúde. É o que revelam pesquisas realizadas nas últimas semanas nas principais regiões do país. A agenda eleitoral, portanto, mostra que o combate à corrupção perdeu espaço para emprego e saúde. Outro detalhe importante também revelado por sondagem eleitoral é que 51% dos entrevistados não estão interessados no tema eleição presidencial 2022.

Bolsonaro, que foi eleito com campanha fervorosa contra a corrupção pegando como exemplo a gestão executiva do Rio de Janeiro, terá que rever seus conceitos e apostar nas questões sociais e principalmente econômica, já que o país anda à beira do caos com 14 milhões de desempregados, 20 milhões abaixo da linha da pobreza e ainda milhões de excluídos passando necessidade alimentar, como as deprimentes imagens mostradas por canais de TV onde famílias faziam filas para o caminhão do osso ou mesmo nos lixões.

Lula, que sempre defendeu, em tese, os pobres, também terá que mudar o disco, já que seu discurso tornou-se defasado e não tem mais hoje a militância petista para carregar sua bandeira. Bolsonaro, com auxílios aos mais pobres, devido à pandemia, acabou invadindo suas terras, principalmente no Nordeste.

Já em relação a Moro, terá que explicar suas decisões como juiz federal, já que algumas delas foram revertidas pelo Supremo Tribunal Federal, inclusive a que liberou Lula para candidatura à Presidência da República. Em suas entrevistas, Moro fala em benefícios a servidores, fins de fóruns privilegiados e redução nos gastos públicas e não disse nada ainda sobre como resolver o problema do desemprego, da fome, enfim, da economia.