Pedro Ribeiro
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Alceo Rizzi

A estupidez e a ignorância arrogante da presidência, reverberada no comportamento indigno de submissão do Ministério da Saúde, de assustadora e criminosa inocuidade diante da pandemia, está fazendo do oportunista governador de São Paulo o líder que nunca foi, espécie de estadista, como no ditado popular, ainda que politicamente incorreto, de que em terra de cegos quem tem um olho é rei.

Governador anuncia produção de um milhão de vacinas por dia, não importa se é chinesa, vai de encontro a uma expectativa nacional diante do pavor da pandemia, enquanto o patético general ministro, em decúbita submissão tergiversa, procura ganhar tempo, não faz o que deveria e o que o paulista tem feito.

No pavor e desespero diante do flagelo do vírus, que já colheu a vida de familiares, parentes, amigos ou conhecidos, as pessoas querem de volta uma vida de esperança, mesmo que limitada, no que se empenha o governador, com honestidade de propósito ou não, e o que não faz a presidência e seu sabujo general e Ministro da Saúde.

Exemplo disso é o fato de mais de 800 cidades e 11 Estados brasileiros pedirem socorro a ele em busca de ajuda para comprar a vacina de produção chinesa quando o governo federal deveria assumir está responsabilidade por meio da pasta desacreditada.

O Pais chega a tal ponto de degradação e inversão de responsabilidade que um governador, que aspira o Palácio do Planalto, mesmo nos limites de seu poder e competência, oportunista ou não, antecipadamente já atua com a força e determinação de um presidente que o Brasil não tem. Não deixa de ser, de certa forma, nova tragédia anunciada de um futuro eventual, mas seja como for, mais civilizada e distante do Brasil das cavernas onde mergulhamos desgraçadamente.

Alceo Rizzi é jornalista