Pedro Ribeiro
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Enquanto no Paraná o procurador Diogo Castor, um dos protagonistas da Operação Lava Jato, sente o bafo quente em relação às suas atitudes e ações durante o período em que esteve na linha de frente da Lava Jato, com sua demissão do Ministério Público, em Brasília, como em várias regiões do país, há um temor em relação à PEC 5/21 que muda a composição do Conselho Nacional do Ministério Público.

Em sua justificativa para votação da PEC na Câmara, o presidente da casa, deputado Arthur Lira, afirma que a proposta dá paridade e igualdade entre representantes da sociedade civil e do Ministério Público no CNMP. Já os procuradores sustentam o contrário temendo dificuldades no combate à corrupção, principalmente dentro do Congresso Nacional, ou seja, dentro da casa.

Manoel Galdino, diretor executivo da Transparência Brasil afirma que a votação dessa PEC trará um retrocesso muito grande ao país no combate à corrupção. Trata-se, na sua opinião, de um recado dos políticos aos procuradores: “se vocês investigarem a gente, nós vamos investigar vocês”.

Os procuradores estão em campanha de mobilização para impedir que essa PEC seja aprovada. A cantora Daniela Mercury encabeça um dos grupos de defesa dos procuradores no sentido de que o combate à corrupção no Brasil não tenha solução de continuidade.