O risco Paulo Guedes e uma segunda onda do coronavírus
Quando o ministro da Economia, Paulo Guedes, apareceu na foto no Palácio do Planalto como alguém que teria ido fo..
Quando o ministro da Economia, Paulo Guedes, apareceu na foto no Palácio do Planalto como alguém que teria ido forçado ao encontro, onde o presidente Jair Bolsonaro criticava as ações do ex-ministro Sergio Moro, houve uma preocupação no mercado de que ele seria a bola da vez.
Passaram-se alguns dias e Guedes voltou ao noticiário elogiando Bolsonaro dando a entender que estaria integrado e, quem sabe, cada vez mais forte. Hoje, no entanto, o cenário parece ser diferente. Guedes não engole o guru do presidente, Olavo de Carvalho que continua dando pitacos no governo.
A preocupação do mercado com a possível saída de Guedes do governo voltou com ruído forte. Em editorial desta terça-feira, o jornal O Estadão volta ao assunto.
“O maior risco para o País é a saída do governo do ministro da Economia, Paulo Guedes, segundo gestores do mercado financeiro ouvidos em recente pesquisa do Bradesco BBI”.
Na análise, o jornal aponta, também, “o perigo de uma segunda onda do novo coronavírus aparece em seguida na escala das preocupações. Mas por que o ministro deixaria o posto? A resposta a essa pergunta remete ao principal fator de insegurança, o presidente Jair Bolsonaro. Além de prejudicar o combate à pandemia, sua atuação tem provocado péssimos efeitos na economia, elevando a incerteza, assustando investidores e convertendo o Brasil em zona de perigo”.
“ Pressionado com frequência pelo presidente, por seus aliados e também por outras figuras do Executivo, o chefe da equipe econômica foi visto no mercado, durante semanas, como a bola da vez no jogo das demissões. Ele sobrevive, mas o temor permanece”.