Pedro Ribeiro

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) reafirmou nesta terça-feira, 4, o trabalho dos 54 parlamentares da atual legislatura na Assembleia Legislativa e destacou que a atuação da Casa na defesa dos interesses do Estado fica evidente no engajamento de todos os deputados na questão do novo programa de concessões de rodovias.

Os posicionamentos que a Assembleia vem manifestando é fruto do entendimento dos 54 deputados e deputadas”, afirmou Romanelli em entrevista ao programa Picolo Esporte Notícia, de Marechal Cândido Rondon. “Há um posicionamento muito claro em defesa do Paraná, da nossa economia e da nossa gente”, disse o deputado.

Segundo Romanelli, a Frente Parlamentar sobre o Pedágio está trabalhando de forma programática para sensibilizar a sociedade e sustentou que não é admissível a possibilidade de repetir os erros do passado no futuro sistema de pedágio.

 “Estamos trabalhando para que a gente possa ter um pedágio com menor preço de tarifa, sem limite de desconto, sem taxa de outorga e, ao mesmo tempo, com garantia da realização de obras”, declarou. “O Paraná não quer o modelo híbrido, que mais parece um negócio de pai para filho”.

Para Romanelli, o trabalho dos parlamentares encontra eco na sociedade. Ele pontua que a Frente chega a quase duas dezenas de audiências públicas, com expressiva participação de lideranças do setor produtivo e cidadãos interessados no melhor para o Estado. “O paranaense está muito interessado no tema. Tem muita gente estudando o assunto”, disse.

O deputado disse ainda que é compreensível que haja um grande envolvimento da sociedade, principalmente por conta dos problemas dos atuais contratos. “O pedágio é muito pesado dentro do custo Paraná”, pontuou Romanelli, salientando que há muito trânsito de cargas de baixo valor agregado pelas estradas e que 70% das receitas das concessionárias vem do transporte.

 Outro tema abordado na entrevista foram as obras das atuais concessões. “O Paraná não pode pagar duas vezes pela mesma obra”, ressaltou Romanelli, ao afirmar que o Tribunal de Contas da União (TCU) já comunicou ao Ministério da Infraestrutura e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que isso tem que ser observado no futuro leilão.

Ele frisa que a manifestação do órgão ocorreu após uma interpelação da Frente Parlamentar da Assembleia Legislativa sobre o atual processo licitatório elaborado pelo governo federal. “O TCU também entende que para incluir as rodovias estaduais no programa de concessão deve haver uma autorização legislativa, por lei”, explicou.

Romanelli disse que é importante que o debate seja amplo e destacou ainda a iniciativa de diversas organizações de promover discussões sobre o melhor modelo de concessão para o Estado. “O Paraná está alinhado e aguardando uma nova proposta do Ministério da Infraestrutura”, considerou ele.