Pedro Ribeiro

Com ou sem pandemia, de alguma forma, o Paraná não pode parar. O chefe da Casa Civil, Guto Silva, em quarentena, disse nesta quinta-feira que o Estado se prepara para uma nova ordem econômica.

Ele se refere ao potencial o agronegócio onde o Paraná poderá ocupar posição de destaque no cenário internacional ampliando o fornecimento de alimentos para o mundo.

“O Paraná vem se especializando no agro, que corresponde a quase 80% da nossa pauta exportadora. Das dez maiores cooperativas da América do Sul, sete ficam no Paraná. São vantagens que já temos e podemos potencializar, agregar valor, com biotecnologia e mais ciência para nos tornarmos imbatíveis no abastecimento do mundo”, disse.

Dos R$ 60 bilhões de investimentos privados definidos como meta da gestão para quatro anos, mais de R$ 40 bilhões já estavam garantidos antes do início da pandemia.

“Isso demonstra que a estratégia funcionou, embora a pandemia vá desacelerar um pouco os investimentos. Mas esse é o desenho que estamos construindo no nosso território. Temos que ganhar competitividade, temos que acotovelar São Paulo e Santa Catarina para ganhar espaço, porque temos ativos muito importantes e estamos focados nessa realidade”, disse.

No encontro virtual Comex 20+ – Tendências, Insights e Ações Guto Silva explicou que a estratégia para ocupar mercados internacionais foi definida no início da gestão do governo Carlos Massa Ratinho Junior, com o projeto de remodelação e modernização da infraestrutura.

O plano é oferecer condições de escoamento que acompanhem a expansão do agronegócio paranaense, que dobra de tamanho a cada 10 anos.

“Duplicamos a capacidade da Ferroeste, as rodovias do Estado vão entrar no pacote de concessões federal, o que deve baixar o valor do pedágio em pelo menos 50%, além de incluir obras para ampliar muito nosso anel viário, que desde os anos 90 teve poucas intervenções. Também temos dois novos portos desenhados. Tudo isso vai dar ao Paraná extrema competitividade para o futuro”, afirmou o chefe da Casa Civil.

de negócio. O País tem muita burocracia, custo alto e eficiência baixa. No Paraná, nós estamos abrindo uma empresa em 2 horas, antes era preciso 60 dias para ter um CNPJ, é um combate diário contra a burocracia. É preciso mudar a mentalidade e aumentar a eficiência”, afirmou.