Pedro Ribeiro
(Foto: Bruno Slompo/CMC)

 

A uniformização de farda da Polícia Militar e Civil, com um mesmo padrão, conforme decreto de lei estadual número 9.267 de 4 de novembro de 2021, por solicitação da Secretaria de Estado da Segurança Pública, causou desconforto e irritação junto à maior corporação de segurança pública do Estado, a Polícia Militar. “Não podemos aceitar isso, pois a farda da Polícia Militar é a própria identidade do policial”, reagiu o coronel Whashington, presidente da Associação da Vila Militar.

A intenção, com a medida, segundo a Secretaria de Segurança Pública, é unificar os uniformes da PM e Civil para atuação na “Operação Verão”. Para Whashington, isso é inadmissível, “pois os policiais envolvidos na Operação Verão estarão la para prover a segurança do veranista e não para desfile de moda. Não quero acreditar que o Secretário de Segurança Pública esteja se preocupando com o palito de fósforo no chão, enquanto o telhado cai sobre sua cabeça”, observou o militar reformado.

Uniforme da Polícia Militar consta do Regulamento de Uniformes da Corporação. “Provocar um decreto desnecessário é intromissão descabida nas atribuições do Comando-Geral da Polícia Militar e do Delegado Diretor da Polícia Civil”, disse o presidente a AVM. Segundo ele, a Operação Verão, rotina das duas corporações, exige meios e recursos que vão além da roupa que o profissional veste. “Seria prudente o Secretário deixar que os Comandos da PC e PMPR resolvam os problemas internos e específicos das organizações”, afirmou

Whasington cita: “a farda não é uma veste que se despe com facilidade e até com indiferença, mas uma outra pele, que se adere à própria alma, irreversivelmente para sempre”. Gen. Octávio da Costa, veterano da FEB.