Pedro Ribeiro

Nesta semana, políticos paranaenses se acotovelaram para assumirem a paternidade de dois temas de grandes interesses e repercussão. O cancelamento do reajuste da tarifa da água da Sanepar, de perto de 10%, e a inauguração do Erastinho, hospital para tratamento de crianças. Todos queriam ser o pai das crianças.

Isto significa que a disputa por espaço político não está nada fácil para os que querem se perpetuar na política. No caso da Sanepar, por exemplo, quem deveria tirar proveito da situação, não o fez. O governador Ratinho Junior, que determinou a suspensão do aumento da tarifa, foi tímido, não tirou proveito político, deixando para o pessoal da Assembleia Legislativa deitar e rolar em cima do tema.

Em relação à inauguração do Erastinho, la estavam personagens de A a Z, como dizia o saudoso colunista social, Dino Almeida.

Outro tema que começa a ganhar espaço nas discussões dentro dos poderes executivo e legislativo, devido às proximidades das eleições, é o pedágio. Todos querem dar um pitaco e poucos entendem dos termos técnicos de um contrato de concessão de rodovias. Só pirotecnia.

Observando essas situações políticas em nosso Estado, percebemos que duas figuras da vida pública acabaram se destacando na semana: o deputado Ricardo Barros, hoje a tiracolo do presidente Jair Bolsonaro, e o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, que virou a cereja do bolo na escolha do seu vice-prefeito para as próximas eleições.

A política paranaense, com a decisão do senador Flávio Arns em deixar a Rede e entrar no Podemos, da sinais de que teremos dias insanos pela frente no que diz respeito à espaços na mídia e captação de votos às eleições de novembro..

Soma-se a isso, a saída do procurador Deltan Dallagnol da frente da Operação Lava Jato.