Pedro Ribeiro
Foto: DER PR

O ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, toma posse quinta-feira como presidente da corte em substituição ao ministro Dias Toffoli. A expectativa, tanto no judiciário quando no Congresso Nacional é a de que a gestão Fux não será de choque com o Palácio do Planalto como foi a de Toffoli, marcada por polêmicas como o inquérito das Fake News e aproximação com a família Bolsonaro.

Para o ministro Marco Aurélio haverá uma “modificação substancial” com a nova presidência do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ministro também condenou declarações de colegas do STF atacando o atual presidente da República. “Jair Bolsonaro foi eleito com quase 58 milhões de votos e que, por isso, “é o presidente dos 211 milhões de brasileiros”. Ele também destacou a necessidade do “devido respeito a ele próprio” e ao cargo que ocupa.”

“A postura do Supremo precisa ser exemplar”, afirmou Marco Aurélio. Para Marco Aurélio Mello, seu colega Dias Toffoli deu uma “conotação política muito grande à presidência do STF”. Ele espera de Fux “uma relação mais cerimoniosa” com os outros poderes.

A partir de agora, segundo ele, o Supremo terá uma agenda mais voltada para os julgamentos.

Dias depois, em sua última entrevista a jornalistas, disse não ter visto uma atuação antidemocrática do presidente — que compareceu a diversas manifestações organizadas por seus apoiadores que pediam fechamento do Supremo e do Congresso Nacional. “No relacionamento que tive com o presidente Jair Bolsonaro e seus ministros de Estado, nunca vi diretamente nenhuma atitude contra a democracia”, elogiou Toffoli.