Enquanto o presidente Jair Bolsonaro e seu grupo de apoiadores enraizado em frente ao Palácio da Alvorada continuarem a briga com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a situação da saúde só tende a piorar. Houve novo bate-boca entre eles por telefone nesta sexta-feira.

Parece que pessoas ligadas diretamente ao presidente não estão entendendo ou não querem entender que o país está vivendo uma situação crítica em função do coronavírus ao ponto do Ministério da Saúde informar, neste sábado, que vão faltar medicamentos e leitos.

Isto sem contar que o pico da doença no país deverá ocorrer no final e abril e início de maio. Bolsonaro ainda insiste na volta ao trabalho mas também finge não entender que se decretar a liberação das atividades do comércio ela teria poucos efeitos práticos, porque os estados e municípios já criaram seus decretos.

Hoje é mais bravata e jogar para o grupo de apoiadores fanáticos, do que uma possibilidade de alteração jurídica importante, disse um cientista político da Fundação Getúlio Vargas.

Agora, com mais uma investida de um dos filhotes contra o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, o clima ficou tenso dentro da caserna. Há quem sustente que Mourão já está na porta do elevador. Logo, logo, assume.