Pedro Ribeiro
Foto: DER PR

 

Faço parte de alguns grupos no whats e já abandonei vários. Mas tem aquele, dos amigos mais próximos, do convívio do dia a dia, que você tem que manter, porque, apesar as asneiras que postam sobre política, vacina e principalmente negacionismo, tem coisas boas, de interesse pessoal ou mesmo para conhecimento.

Dia desses deixei um grupo, o qual tinha (e tenho) muito apreço pelos participantes que, na maioria, foram meus colegas de trabalho. Não deu para aguentar. O bolsonarismo tomou conta, não do grupo todo, mas de dois ou três engajados que falam como se estivessem dando discurso na ONU em favor do atual presidente.

É claro que tem algumas coisas que estão certos, mas, infelizmente, a grande maioria das postagens é de besteiras como, por exemplo, a questão da vacina e principalmente de que Lula é ladrão. Sobre a vacina, a palavra final é da ciência e acredito nela. Quanto a Lula, todos sabem do seu passado. Postar isso diariamente e a todo momento é imbecilidade. Não aguentei e apenas me desliguei.

Em nenhuma dessas postagens, não vi ninguém falar sobre a real situação do país, com 13 milhões de desempregados, inflação recorde, ganhando, inclusive do governo petista de Lula e Dilma, pessoas passando fome – número apontam perto de 20 milhões – orçamento secreto, dinheiro à rodo para partidos políticos, com o indecente fundão eleitoral e principalmente sobre um plano futuro para o nosso país.

Portanto, essa tal rede ou redes sociais, viraram um balcão de negacionismo, de entreguismo e outros ismos. Não trata do país, não dão sugestões para mudar aqui e ali. Só desgraça. E Deus acima de tudo e de todos. Pelo amor de Deus.

Nós precisamos de inteligência, de pessoas que tragam alternativas para o país crescer, se desenvolver. O único setor que hoje é a dita salvação da lavoura é o agronegócio. E mesmo no agronegócio tem a banda de apoio irrestrito ao presidente Bolsonaro que também fala bobagem.

Agora, estamos em ano eleitoral e lá vem, novamente, as mesmas promessas de mudanças e sabemos que nada disso vai acontecer na realidade, porque temos um Congresso Nacional viciado, que comanda o país e um Supremo Tribunal Federal conivente com este Congresso.

Não tenho condições de dizer como resolver isto porque, senão, seria mais um imbecil de rede social. Mas tenho um palpite: investir na educação e no conhecimento para formar uma geração que, decisivamente, comece a pensar no Brasil.