Rapinagem no parlamento com a proposta da imunidade
Não é de hoje e isso vem à décadas que os parlamentares que habitam o Congresso Nacional, sejam de primeira..
Não é de hoje e isso vem à décadas que os parlamentares que habitam o Congresso Nacional, sejam de primeira hora ou enraizados, vêm descumprindo seu dever de zelar pela integridade do legislativo. É por esse e outros motivos que o parlamento está desacreditado perante a população, ou seja, os eleitores que colocaram lá seus “legítimos representantes”. Um parlamento que podemos chamar de terra de ninguém.
Ali acontece de tudo, inclusive trocas de socos e pontapés. Alguns congressistas não respeitam o decoro parlamentar. Também não cumpre o decoro parlamentar quem defende o Ato Institucional (AI) n.º 5, ameaça ministros do STF e incita a ruptura institucional, como fez o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ).
O plenário da Câmara entendeu o caráter criminoso da conduta do parlamentar e referendou, por ampla maioria, a prisão decretada pelo STF.
Portanto, essa proposta de emenda constitucional que praticamente dá salvo conduto a deputados que, literalmente rasgam a constituição e abusam do poder conferido, não deixa de ser criminosa. Exemplo é a reação dentro do próprio Congresso.
A proposta transforma o Parlamento em uma confraria de gente a margem da lei, livre e protegida de toda a sorte de delitos que comete, cometeu, ou venha a cometer crimes de toda ordem. Seja crime de consciência ou mesmo de rapinagem de dinheiro público, amparada por esta excrescência chamada imunidade parlamentar que, na prática, apenas sedimenta uma impunidade com que já desfruta, ainda que haja deputados decentes a está altura enxovalhados.
Não podemos admitir que um dos poderes da República pratique escandaloso esbulho moral e ético de cidadania dessa ordem com o País.