Pedro Ribeiro
(Foto: divulgação)

Na análise do Governo do Estado, teremos mais 60 dias de cuidados na área da saúde para, em agosto, retomar as atividades econômicas. A previsão, do governador Ratinho Junior, tem respaldo técnico e científico do secretário da Saúde, Beto Preto, que, embora prevê um pico maior da Covid-19 neste início de junho, quando o frio passa a ser mais intenso.

O governador do Estado que esteve reunido, por videoconferência, com técnicos do Sebrae, não pode errar com suas previsões. Por isso, sustenta que se o Estado mantiver o bom controle da pandemia e houver regressão na curva de contágio, a expectativa é que em agosto todas as atividades produtivas voltem à normalidade.

Falar em normalidade também é arriscado, porque durante todo este período de pandemia, muitas empresas pequenas e médias acabaram perdendo capital financeiro e humano e ampliaram suas dívidas, o mesmo acontecendo com algumas indústrias do setor produtivo, à exceção do agronegócio.

Profissionais autônomos também terão dificuldades para retomarem suas atividades. Enfim, a conta aumentou e o dinheiro sumiu devido ao isolamento social, com o fechamento das portas de empresas de serviços não essenciais.

Mas Ratinho Junior afirmou que o governo estadual já está elaborando projetos para estimular a economia e reforçou que haverá aporte de recursos públicos em obras urbanas e de logística que vão contribuir para a retomada.

O governador também fez um balanço das ações do Estado para enfrentar a pandemia e dos resultados até o momento. “Somos o 22º estado no ranking de pessoas infectadas pela Covid-19, temos baixo grau de letalidade e uma organização da nossa rede de saúde. Nossas decisões sobre o enfrentamento são diárias”, destacou.

Ele citou ainda que muitas atividades consideradas essenciais seguiram em funcionamento e com resultados bastante expressivos, mesmo com os reflexos negativos da Covid-19. “Não paramos o nosso sistema de logística, o Porto de Paranaguá tem batido recordes históricos mesmo durante a pandemia”, disse.

O governador disse que o Paraná tem feito a lição de casa, enxugando a máquina e reduzindo custos, para enfrentar a queda na arrecadação, prevista em R$ 3,2 bilhões, por causa da desaceleração da economia e da redução de repasses federais.

“Desde o início da nossa gestão, o planejamento tem sido uma regra em todas as secretarias. O Paraná vinha muito forte, com crescimento industrial de 5,7%, o maior do Brasil. Perdemos receita, mas com tranquilidade e perseverança tenho certeza que vamos sair dessa com muito equilíbrio”, disse o governador durante a videoconferência.