Pedro Ribeiro

 

A decisão lúcida, do presidente estadual do MDB, ex-deputado federal, João Arruda, em abrir mão da sua candidatura à Prefeitura de Curitiba para o ex-senador e ex-governador Roberto Requião que, sem consulta prévia ao partido, se lançou pré-candidato, mostra que ele está em um plano maior politicamente e dentro do partido. Deve dar continuidade ao seu projeto de reestruturação do partido e prosseguir com o trabalho de introduzir candidatos a prefeitos em todos os municípios.

João Arruda, segundo o presidente do diretório municipal, Rogério Carboni, já se dedica a coordenação do plano de governo emedebista e na formação das chapas de vereadores e prefeitos nas 399 cidades do Paraná. “O João Arruda está integralmente voltado ao plano de governo e, principalmente, na formação das chapas de vereadores. Ele, inclusive, pode ser candidato a vereador para fortalecer a chapa de vereadores em Curitiba”, disse Carboni.

Nos bastidores da política, é certo de que a posição de Requião não deixa de ser um enfrentamento ao trabalho que o sobrinho, João, vem fazendo no MDB do Estado, que iniciou com o saneamento das dívidas de mais de R$ 2 milhões do partido, deixadas pelo próprio Requião que o levou a vender a sede do MDB da avenida Vicente Machado. Outro ponto estaria relacionado à interferência radical de Requião no partido é a mágoa do filho, deputado estadual Mauricio Requião, que não conseguiu dominar o MDB de Curitiba como queria.

Nesta segunda-feira, 10, a partir das 17h, o MDB fará uma reunião na nova sede (rua Alberto Folloni, 1168) para avaliar o novo quadro sucessório em Curitiba.