Pedro Ribeiro
Foto: DER PR

 

Surpreendido por vazamentos de informações sigilosas na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o deputado Ricardo Barros acordou nesta segunda-feira disposto a enfrentar com mais furor os membros do Senado que participam das investigações sobre ações do governo em referência à pandemia. Pede Cassação de senadores envolvidos.

Barros solicitou à Polícia Federal investigações sobre tais vazamentos e ainda pediu a cassação dos senadores responsáveis por distribuir material sigiloso para a imprensa.

“Requer que seja instaurado inquérito policial e, após serem apuradas as irregularidades apontadas, ao final haja a condenação em eventual ação penal, aplicando-se as sanções de perda do cargo, da função pública ou do mandato eletivo ao Parlamentar ou servidor público responsável (art. 92, do Código Penal)”, diz o pedido de instauração de inquérito protocolado na PF.

Segundo o líder do governo na Câmara Federal, “a CPI age de forma covarde vazando informações ilegalmente a imprensa. No caso Forte Neto, porque não me perguntaram ontem (dia do depoimento)? Sabiam que eu iria desmascará-los. E a globo que pediu e recebeu a resposta não publicou corretamente”.

Ricardo Barros afirma que a imprensa recebeu nos últimos dias dados sigilosos relativos às investigações em curso na CPI da Pandemia. Troca de mensagens e áudios sob responsabilidade da Comissão basearam reportagens divulgadas no fim de semana.

“São dois crimes que precisam ser apurados e responsabilizados: o vazamento dos dados sigilosos e o abuso de autoridade. A CPI se utiliza de estratégia covarde para politizar a investigação com o objetivo de me atingir e de atingir o Governo Bolsonaro”.

O líder do governo criticou duramente a estratégia dos senadores e questionou o motivo de o assunto não ter sido levantado quando ele esteve na CPI.

“Fui à Comissão e rebati todas as acusações com documentos. Estou pronto para voltar assim que me chamarem. A narrativa dos senadores da oposição não se sustenta, e eu provei isso. Agora eles partem para a tática criminosa do vazamento para me desgastar e causar constrangimento. Se tinham esses dados, por que não me perguntaram?!”, frisou.