Pedro Ribeiro
Foto: DER PR

Mais uma vez o brasileiro assiste, calado, interferência política da Suprema Corte no processo eleitoral do País.  Esta decisão do ministro Edson Fachin representa o início da campanha presidencial de 2022. Mostra, claramente, que o Supremo Tribunal Federal decide quem pode ou não concorrer às eleições presidenciais no Brasil

Lembramos que recente pesquisa de opinião feita pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) constatou que, nas atuais circunstâncias, o líder político com maior potencial de voto é Luiz Inácio Lula da Silva. Nada mais nada menos que metade dos entrevistados revelou a possibilidade de votar em Lula.

Em relação a Jair Bolsonaro, pesquisas mostram que a atual administração federal tem colocado em dúvida também a gestão do atual presidente, o que abre uma grande janela para a volta do PT.

A decisão do ministro Edson Fachin em anular as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, causou mal estar junto ao próprio Supremo Tribunal Federal (STF). Para o ministro Marco Aurélio a decisão monocrática de Fachin “é péssima para a imagem do Judiciário”.

O sentimento, inclusive no Supremo Tribunal Federal (STF) é de “perplexidade generalizada”, pontuou. “Eu, pelo menos, fiquei surpreso, de voltar-se – depois das ações serem julgadas, haver pronunciamento do Tribunal Regional Federal da 4ª Região(TRF-4) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) – “à estaca zero”.

O ministro disse que agora é aguardar para verificar se haverá impugnação. O procurador geral da República, Augusto Aras, já anunciou que vai recorrer pela impugnação à decisão de Fachin.