Pedro Ribeiro
(Foto: Bruno Slompo/CMC)

Em Curitiba, há muitos anos não se via uma campanha de “todos contra um” como está acontecendo agora. A maioria dos candidatos é contra a reeleição do atual prefeito da capital paranaense, Rafael Greca, que conta com uma boa margem de aceitação, segundo pesquisas de opinião.

À exceção de um ou dois candidatos que prefere dizer que é por uma Curitiba ainda melhor e não contra o atual gestor, o que observamos é um massacre na mídia, em especial nas redes sociais, contra Greca. Todos torcendo para um deslize, como aconteceu na reta final das últimas eleições, quando derrapou ao falar de pobres.

Os candidatos que querem assumir o Palácio 29 de Março precisam ter argumentos fortes para derrotar Greca, que vem fazendo a lição de casa como gestor. Na campanha que se inicia o principal motivo para ataques estaria, talvez, na sua indecisão em relação ao combate à pandemia e também ao atendimento na área da saúde como um todo.

Por várias vezes houve confronto entre o abre e fecha – academias, bares, restaurantes e outros segmentos – que, de certa forma, complicaram as ações na área da saúde. Outra crítica poderia ser em relação à Linha Verde, mas a própria pandemia atrapalhou o cronograma de obras.

Após as saídas de Ney Leprevost e Gustavo do Fruet, as críticas a Greca ficaram concentradas no candidato Delegado Francischini que o acusou de beneficiar os empresários do transporte coletivo e ainda com algumas ironias, entre elas, “por trás daquele personagem fofinho, tem uma mente sarcástica, elitista e vingativa. Nós vamos, nos próximos dias, mostrar todas as falhas dele. Não vai sobrar pedra sobre pedra”.

Ney Leprevost, um dos mais fortes concorrentes à Prefeitura de Curitiba, não agüentou a pressão do grupo liderado pelo governador Ratinho Junior e foi traído dentro do partido. Declinou. Embora tenha afirmado que não votará em Greca não pode, também, esperar que seu grande número de eleitores faça o mesmo.

João Arruda, do MDB, que teve 13% dos votos na última campanha ao governo do Estado, disse nas redes sociais que não é contra o atual gestor, mas por uma Curitiba melhor. Não deixa de fazer críticas: “Eu seria mais ágil em relação aos decretos da pandemia, sem essa de vai e volta. Setores como os das academias, bares, restaurantes e comércio, foram os mais prejudicados”, pontuou. Para o candidato, a Linha Verde tem que ser concluída em apenas um mandato.