Pedro Ribeiro

As medidas da prefeitura de Cascavel desde de 2017 na transparência de governança e no combate ao desperdício e corrupção serviram de exemplo nesta sexta-feira, 11, no Practices of One Stop Shop: Lessons for Timor-Leste (Práticas de “balcão único”: lições para Timor-Leste), evento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) em cooperação com a Astana Civil Service Hub. Também participaram do encontro representantes do Vietnã, Bangladesh, Bangkok, Cazaquistão e Estônia.

A transmissão online do evento teve a participação do coordenador da Assessoria Internacional da Associação dos Municípios Brasileiros, Maurício Zanin, e do secretário de Planejamento e Gestão de Cascavel, Edson Zorek. “A primeira ação foi a de transmitir as licitações ao vivo porque tínhamos questionamentos ao processo licitatório e a dificuldade de participar. as primeiras transmissões fizemos através das redes sociais (facebook e youtube) e hoje é um exemplo para todo Paraná e em outros municípios”, disse Zorek.

O encontro também compartilhou lições do Timor-Leste sobre desburocratização e acesso a serviços, já que o governo está trabalhando na melhoria da prestação de serviços públicos em nível municipal, por meio das práticas de “balcão único”.

Acesso – Zorek apresentou as práticas de gestão implantadas para simplificação e transparência no processo licitatório. As iniciativas foram identificadas e compartilhadas ao longo da interação dos participantes do Projeto InovaJuntos, no qual Cascavel participa com menção honrosa. “O cidadão pode acessar as redes sociais e acompanhar como se dá o processo licitatório. Como funciona a onde está sendo investido os recursos públicos e o que é que está sendo comprado. Qual o preço que está sendo pago”, disse.

O secretário também destacou as parcerias com a associação comercial e com o Sebrae que capacitou as empresas, micros e pequenas, a participar das licitações que aportaram em 2017 mais de R$ 300 milhões em recursos públicos. “De cinco a seis empresas que participavam das licitações, passou para mais de 15 empresas. Tivemos então uma ampla competitividade e passamos a ter economia no uso de recursos”.

“Tivemos uma economia de mais de R$ 100 milhões a cada ano, o que resulta em mais de 400 milhões ao longo de quatro anos. Isso em razão dessa ampla competitividade, o que foi possível usar esses recursos em políticas públicas através da transparência, através da inclusão desses empresários que antes não participavam das licitações”, afirma.

Emprego e renda – Ao valorizar as empresas da cidade, os resultados também vieram na geração de emprego e renda – Cascavel é a cidade paranaense que mais cria empregos nos últimos dois meses. “Nós estamos utilizando as boas práticas de gestão e buscamos o respaldo da sociedade. Compramos as mesmas coisas e prestamos os mesmos serviços, mas com economia do dinheiro resultado dos impostos recolhidos pelos moradores”, disse Zorek.

“Com a economia, os recursos foram investidos em várias políticas públicas tanto na área de saúde e de educação, como também em outras áreas. Todos devem conhecer essas boas práticas, do “Cascavel compra legal”, para levar para cada cidade no mundo”, completou.