Grupo de artistas plásticos de Curitiba encaminhará ao governador Ratinho Junior um documento com cinco mil assinaturas de ex-alunos e ex-professores pedindo a restauração do edifício da Escola de Música e Belas Artes do Paraná, interditado há 10 anos. O prédio está em ruínas e precisa ser recuperado para a volta às aulas que tiveram início há 70 anos.
Pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná passaram gênios como Bento Mossurunga, João Turin, Theodoro de Bona, Lange de Morretes, David Carneiro, Guido Viaro e Juarez Machado, entre outros ícones da cultura paranaenses.
Há mais de 10 anos o edifício, onde surgiu, há 70 anos, a Escola de Música e Belas que depois se transformou em Faculdade de Música e Artes do Paraná, foi interditado pelos bombeiros e sucumbiu junto com parte da cultura dos paranaenses. Foi abandonado pelos governos que dão às costas para a memória e a história cultural dos agentes e daqueles que buscam na cultura o conhecimento e o saber.
A artista plástica Teca Sandrini é uma dessas agentes culturais que não se entrega e vem lutando para o resgate dessa memória jogada no limbo. Ela reuniu alguns ex-alunos e ex-diretores da Belas Artes e, em apenas quatro dias conseguiu reunir cinco mil assinaturas em documento que será entregue ao governador Ratinho Junior pedindo a restauração do prédio que fica no coração de Curitiba, na rua Emiliano Perneta, próximo à Praça Zacarias.
“O Governo do Estado, responsável pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná abandonou o histórico prédio, um ícone da nossa cultura para a tristeza de músicos e artistas plásticos que ali estudaram e hoje contribuem com a disseminação e divulgação da arte paranaense.” Lamenta Teca Sandrini.
Teca ressalta que a antiga sede da Escola de Música e Belas Artes do Paraná está em ruínas e precisa ser restaurada para que volte a fazer parte do nosso patrimônio cultural e histórico, abrindo novamente suas portas para a comunidade. Por ali passaram nomes da nossa cultura Erbo Stenzel, João Osório Brezinski, Leonor Botteri, Luiz Carlos de Andrade Lima, entre outros já citados, que sentaram como alunos e saíram como professores.
A artista plástica Luciana Cavalin, ex-aluna da Escola de Música e Belas Artes, lamenta o descaso das autoridades do governo, principalmente da área cultural, com o patrimônio histórico, mas acredita na sensibilidade do governador no sentido de atender ao pedido dos artistas para a restauração do prédio.